Eurodeputado questiona Comissão Europeia sobre rota de migração ilegal no Algarve

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O eurodeputado Nuno Melo (CDS-PP) questionou hoje a Comissão Europeia sobre a “existência de uma nova rota de migração ilegal no Algarve”, perguntando se aquela região está a tornar-se “permeável” a este crime e a tráfico de droga.

“Sublinhando que o Algarve tem sido procurado por migrantes ilegais como porta de entrada para a Europa, numa tendência crescente, o deputado Nuno Melo questionou, esta quarta-feira, a Comissão Europeia sobre a existência de uma nova rota de migração ilegal”, é referido em comunicado.

Apontando que, “desde dezembro de 2019, a costa algarvia registou já o sexto desembarque ilegal envolvendo migrantes do Norte de África”, Nuno Melo assinala que “nos últimos oito meses, foram intercetados a desembarcar ilegalmente no Algarve 69 migrantes provenientes do norte de África” e que a rota do Mediterrâneo Ocidental tem registado “um significativo aumento dos fluxos migratórios”.

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Assim, o centrista quer saber “se a costa algarvia não se estará a tornar permeável às redes internacionais da imigração ilegal e a outros crimes, tais como tráfico de droga e armas”.

Na nota, o eurodeputado salienta “a necessidade de lutar contra a imigração ilegal e redes de criminalidade organizada, assegurando o retorno dos migrantes em situação irregular ao seu país de origem”.

Para Nuno Melo, “a imigração legal deve ter em conta as prioridades, necessidades e capacidades de acolhimento de cada estado-membro, favorecendo a integração”.

“A Comissão Europeia apresentará o novo pacto de migração e asilo na próxima semana, o que incluirá a reforma de Dublin, tendo a presidente da Comissão Europeia sublinhado durante o discurso sobre o Estado da União, a necessidade de uma definição clara entre direito de asilo e retorno, regras mais apertadas contra o tráfico ilegal e reforço de fronteiras”, sublinha na nota enviada aos jornalistas.

As autoridades intercetaram na terça-feira um grupo de migrantes que desembarcou ilegalmente na ilha Deserta, em Faro, e que se colocou em fuga de seguida, disse à Lusa fonte da Autoridade Marítima.

Segundo o comandante da Zona Marítima do Sul, o grupo de 28 migrantes é alegadamente proveniente de Marrocos e inclui três mulheres.

Em comunicado, a Autoridade Marítima adiantou que no grupo está também uma criança, cuja idade não foi especificada, e que uma das três mulheres está grávida. 

Os outros grupos de migrantes que desembarcaram nos últimos meses na costa algarvia eram exclusivamente compostos por homens.

Este é o sexto de desembarque ilegal na costa algarvia envolvendo migrantes do Norte de África.

O mais recente caso ocorreu em julho, quando um grupo de 21 homens, alegadamente marroquinos, desembarcaram na ilha do Farol, também no concelho de Faro.

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