Ex-autarca de Portimão vai responder em tribunal por burla e destruição de prova

ouvir notícia

Luís Carito é acusado de ter feito contratos ruinosos e pode arriscar uma pena até dez anos de prisão. Pelo meio, uma situação no mínimo insólita: Carito engoliu um papel que era um elemento de prova…

A polémica em torno dos gastos das empresas municipais de Portimão já se alastravam há vários anos, com muitas denúncias anónimas pelo meio, mas só no verão de 2013 é que o escândalo levou à detenção do vice-presidente Luís Carito. O julgamento contra o ex-autarca será realizado em janeiro do próximo ano, mais de cinco anos e meio depois da PJ ter apanhado Carito a engolir um elemento de prova!

O antigo vice-presidente da autarquia portimonense, Luís Carito, foi formalmente acusado pelo Ministério Público, no início de 2017, por crimes de má gestão, abuso do poder, burla qualificada, branqueamento e subtração de documento. Quase dois anos depois, surge agora a notícia de que o julgamento vai começar a 22 de janeiro, no Tribunal de Portimão. O ex-autarca será acompanhado no banco dos réus por Artur Curado, Luís Marreiros e Carlos Barros.

O caso alastra-se há mais de cinco anos, depois de uma investigação da Polícia Judiciária ter resultado na detenção de Luís Carito, no verão de 2013.

- Publicidade -

Antes disso, em abril de 2012, a polémica em torno dos gastos da Portimão Urbis (organização de eventos e gestão urbana) já dava que falar, com a PJ a visitar a câmara por causa dos negócios desta empresa municipal, na qual o socialista Luís Carito era o presidente da assembleia geral e, também, vice-presidente da autarquia.

Segundo apurou o JORNAL DO ALGARVE, em 2012, a empresa municipal Portimão Urbis tinha uma dívida a credores que ascendia aos 18 milhões de euros. Esta foi uma das razões que levou a atual presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes, também do PS, a extinguir a empresa municipal logo que tomou posse (outubro de 2013), o que implicou a transferência do passivo para o município.

Carito engoliu papel A4 com “valores monetários”

Quando as suspeitas cresceram e o escândalo de corrupção rebentou, as dívidas do município já ultrapassavam os 130 milhões de euros e a oposição camarária contestava os contratos “ruinosos” que estavam a ser realizados com as empresas municipais, nomeadamente a Portimão Urbis.

Durante as investigações, a PJ confirmou que o vice-presidente da Câmara de Portimão tirou um papel das mãos de um inspetor que realizava buscas na residência do autarca e… engoliu-o!

O papel era de formato A4 e continha diversos nomes e números, o que leva as autoridades a supor que seriam “valores monetários”…

(NOTÍCIA COMPLETA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DO ALGARVE – NAS BANCAS A PARTIR DE 15 DE NOVEMBRO)

Nuno Couto|Jornal do Algarve

- Publicidade -

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.