Ex-espiões autores de relatório sobre Balsemão constituídos arguidos

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Francisco Pinto Balsemão: “Quase 40 anos depois da instalação da democracia em Portugal, é lamentavel que se continuem a praticar este tipo de métodos ‘pidescos'” (foto António Pedro Ferreira / Expresso)

Jorge Silva Carvalho, João Alfaro e Paulo Félix foram constituídos arguidos em processo movido por Francisco Pinto Balsemão a propósito do relatório sobre a sua vida privada e elaboração de “tweets” difamatórios

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Jorge Silva Carvalho, João Alfaro e Paulo Félix foram constituídos arguidos no âmbito de uma queixa movida por Francisco Pinto Balsemão a propósito de um relatório sobre a sua vida privada – descoberto em posse do ex-diretor dos Serviços de Informações Estratégicas da Defesa (SIED) e ex-administrador do grupo Ongoing -, e pela ação difamatória elaborada através da rede social Twitter.

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O relatório, que consta do processo-crime elaborado pelo DIAP de Lisboa contra o ex-espião Silva Carvalho, tem 31 páginas e inclui uma lista de “amigos, inimigos e aliados”, recortes de imprensa e uma biografia, além de registar alegados episódios da vida pessoal de Balsemão que o visado nega.

Na mesma altura em que o documento foi divulgado na imprensa – a 26 de maio do ano passado -, o presidente do Grupo Impresa (proprietária do Expresso, da Visão e da SIC) emitiu um comunicado e anunciou que iria processar judicialmente os seus autores.

“Surpreendeu-me e chocou-me conhecer os métodos, os princípios e as práticas adotados por pessoas e empresas que desenvolvem as suas atividades livre e impunemente numa sociedade democrática. Tendo tomado conhecimento, através da comunicação social, do conteúdo do relatório sobre mim produzido, no qual são referenciadas dezenas de calúnias e falsidades – algumas das quais de mau gosto e grotescas – decidi proceder às diligências necessárias, junto dos meus advogados, no sentido de responsabilizar criminalmente os autores do documento”, afirmou Balsemão.

“Quase 40 anos depois da instalação da democracia em Portugal, é lamentavel que se continuem a praticar este tipo de métodos ‘pidescos’, que julgávamos erradicados e que o sistema judicial devia rapidamente punir, condenar e abolir”, acrescentou.

Silva Carvalho já tinha saído do SIED quando encomendou o relatório. Encontrava-se ao serviço da Ongoing, grupo liderado por Nuno Vasconcellos.

(Rede Expresso)

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