Explosão no centro de Istambul faz pelo menos 11 mortos e 36 feridos

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Um autocarro da polícia turca foi, esta terça-feira de manhã, alvo de um alegado ataque à bomba em Vezneciler, distrito central de Istambul, com um número para já indeterminado de pessoas a ficarem feridas. De acordo com alguns media, há pelo menos 36 feridos e 11 mortos.

A versão de ataque foi inicialmente avançada pela CNN Turca, que noticiou que várias ambulâncias e esquadrões anti-bomba foram enviados para o local logo a seguir à enorme explosão na histórica praça Beyazit, uma das principais atrações turísticas de Istambul, durante a hora de maior tráfego matinal.

De acordo com os media locais, um engenho explosivo instalado no autocarro da polícia foi detonado à distância. Para já, ainda nenhum grupo reivindicou o ataque nem as autoridades confirmaram essa versão oficialmente.

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Atentados mais recentes na Turquia

Ao todo, mais de 180 pessoas perderam a vida nos últimos oito meses em ataques levados a cabo em território turco:

– Março 2016: 35 pessoas morreram num atentado em Ancara reivindicado por militantes curdos e outros 4 num atentado suicida em Istambul

– Fevereiro 2016: ataque a coluna de veículos militares provocou 28 mortos em Ancara, a capital

– Janeiro 2016: 12 turistas alemães perderam a vida num atentado suicida em Istambul que foi atribuído ao Daesh

– Outubro 2015: mais de 100 pessoas morreram num duplo atentado suicida durante uma marcha pacífica organizada pelos curdos e por grupos da esquerda liberal em Ancara

Os atentados têm sido levados a cabo ou por membros do autoproclamado Estado Islâmico (Daesh) ou por militantes da causa curda, que continuam a defender a criação de um Estado autónomo do Curdistão.

A Turquia integra a coligação internacional liderada pelos EUA que está a levar a cabo uma campanha de bombardeamentos contra o Daesh no Iraque e na Síria, tendo aberto a sua importante base da força aérea em Incirlik aos aviões da coligação, que integra ainda dez nações árabes.

Até ao verão passado, os separatistas do ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e o Governo turco estavam em conversações de paz, com o grupo a prometer abandonar a luta armada e negociar diplomaticamente uma solução para o longo conflito de quatro décadas. Mas o facto de a Turquia ter decidido bombardear bastiões curdos no sul do país a par dos ataques ao Daesh fez inflamar as tensões entre a minoria e as autoridades.

Joana Azevedo Viana (Rede Expresso)

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