Extensões de saúde sem os enfermeiros necessários

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A falta de enfermeiros em Albufeira está a provocar situações de rutura em quatro extensões de saúde do concelho, que abrangem 14 mil utentes. O Sindicato dos Enfermeiros diz que há dias em que simplesmente não existem cuidados de enfermagem. Os utentes ficam descontentes e uma enfermeira até já foi agredida

Há falta de enfermeiros nas extensões de saúde do concelho de Albufeira. Quem o diz é o sindicato e os utentes também reclamam, chegando a desesperar devido às horas de espera para serem atendidos. Uma enfermeira chegou mesmo a ser agredida no início desta semana.

A direção regional de Faro do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) garante que o problema estende-se às extensões de saúde de Ferreiras, Olhos de Água, Guia e Paderne, que são asseguradas pela recentemente criada Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados 2 de Albufeira do ACES Central.

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Estas extensões abrangem perto de 14 mil utentes e até há bem pouco tempo os cuidados de enfermagem eram assegurados de segunda a sexta-feira nos períodos da manhã e da tarde.

“Com a grave carência de enfermeiros de que a região do Algarve padece, Albufeira não é exceção e regista-se, neste momento, dias em que nestas extensões não existem enfermeiros”, denuncia o sindicato.

De acordo com o núcleo regional do SEP, esta carência de enfermeiros, associada a uma deficitária rede de transportes públicos, tem consequências óbvias, nomeadamente “conflitos que se geram com os utentes, tendo uma enfermeira sido agredida”. “Também se regista uma diminuição dos tratamentos e demora na cicatrização de feridas”, revelam os responsáveis.

O sindicato salienta que esta situação já foi reportada pelas profissionais ao ACES Central e à ARS Algarve desde 17 de agosto, mas até ao momento não foram encontradas soluções.

O sindicato recorda ainda que, no início do ano, foram dispensadas 22 enfermeiras dos centros de saúde do Algarve que estavam subcontratadas e que “o Ministério da Saúde não quis encontrar solução para as fixar”.

“Não se compreende como são encontradas soluções para outros profissionais prestarem os cuidados de que a população necessita, nomeadamente contrato e transporte, mas essas mesmas soluções não serem extensíveis aos enfermeiros”, concluem os sindicalistas.

Até ao fecho desta edição a ARS/Algarve ainda não se tinha pronunciado sobre o caso.

JA
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