F-16 portugueses combatem nos céus da Holanda

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F-16 portugueses seguem esta sexta-feira para a Holanda onde participam, a partir de dia 31, no Frisian Flag
Foto: Força Aérea Portuguesa

A Força Aérea participa este ano, pela primeira vez, num dos maiores exercícios militares realizados na Europa, o Frisian Flag 2014. Cinco caças F-16 e 49 militares portugueses, 12 dos quais pilotos, seguem esta sexta-feira para a Base Aérea de Leeuwarden, na Holanda, onde ficam até 11 de abril.

“Este exercício é organizado pela Força Aérea da Holanda, que construirá um cenário de resposta a uma situação de crise”, como, por exemplo, aquele que em 2011 levou a NATO a lançar a operação “Unified Protector” na Líbia, contou ao Expresso o coronel Alves Francisco, comandante da Base Aérea n.º 5, em Monte Real (Leiria).

No megaexercício que vai decorrer na Holanda, os militares portugueses, que integram uma esquadra formada por Bélgica, Dinamarca, Holanda e Noruega, têm pela frente missões de defesa aérea, ataque ao solo e proteção de forças terrestres.

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“À medida que o exercício [que dura 12 dias, de 31 de março a 11 de abril] se desenrola, vai aumentar o nível de complexidade das missões”, nas quais os F-16 destes cinco países funcionarão como uma força unificada, acrescenta o coronel Alves Francisco.

Além dos F-16 portugueses, que vão realizar 80 voos (140 a 150 horas de voo), participam no Frisian Flag cerca de 70 aviões de dez países. “A maior parte refere-se a caças, mas também há aviões de transporte, reabastecedores e de guerra eletrónica”, precisa o coronel. Parte da força portuguesa já seguiu para a Holanda a bordo de um C-130.

Bélgica, Dinamarca, Holanda, Noruega e Portugal, por terem ao serviço a mesma versão de F-16, e a MLU (Mid-Life Update) integram um consórcio – o European Participating Air Forces – no âmbito da qual repartem, juntamente com os Estados Unidos, os custos de desenvolvimento dos diversos sistemas desta aeronave. Sem esta partilha de custos, muito dificilmente países como Portugal poderiam manter os seus F-16 atualizados e prontos a integrar forças multinacionais, que operam como se de uma única força se tratasse.

“Este exercício foi selecionado para partilhar este conceito”, conclui o comandante da BA5, onde estão sedeadas as duas esquadras de F-16, a 201 (“Falcões”) e a 301 (“Jaguares”).

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