Falta de água: ação “rápida e em força” dos poderes públicos, exige debate em Faro

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A consciencialização das populações face à seca severa que afeta a região face às incalculáveis consequências em cascata que resultariam de eventuais quebras no abastecimento foi a tónica comum de preocupação nas intervenções de uma sessão pública realizada na Universidade do Algarve no passado sábado, dedicado à temática da seca.
O debate, promovido pela Universidade do Algarve e pela associação Algfuturo, prolongou-se durante toda a tarde de sábado com importantes contributos, havendo fortes preocupações, mas felizmente com soluções, para efeitos quase imediatos e no médio e longo prazos.
Foi também unânime que, por um lado, a água é um bem público a que todas as regiões e pessoas têm direito e, por outro, que os algarvios se sentem no direito de estar certos que “rapidamente e em força” os poderes públicos passarão à ação. Também é de ter em conta outros problemas complexos com que o Algarve se confronta.
Nesse sentido, foram apontadas soluções, salientando-se no médio e longo prazo: a barragem da Foupana e pequenas e médias barragens (previstas no Plano Diretor de Abastecimento de Água ao Sotavento, na década de 80, mas sempre adiadas), a dessalinização, a reutilização das águas residuais na agricultura, as campanhas de sensibilização numa perspetiva de sustentabilidade e outras ações.
Para efeitos imediatos: medidas de que resulte diminuição do consumo, recurso a captações subterrâneas onde haja condições, redução de perdas na rede em baixa e a medida de maior impacto, que é o recurso ao “transvase” transferência) de água a partir do Alqueva (Pedrógão), que permitiria reforçar todo o Sistema no Algarve, de Sotavento a Barlavento. A Comissão Organizadora referiu que, conforme seu objetivo e mandato das populações, fará todas as diligências onde for preciso para que não falte água.
Foi salientada a importância do Turismo em todos os aspetos, o que obriga a que esteja salvaguardado de qualquer turbulência. Bem como a agricultura, pelo valor gerado e avançadas tecnologias, reconhecidas pela União Europeia e pelos mercados. No conjunto, estão envolvidos muitos milhares de milhões de euros, não havendo espaço para se correr qualquer tipo de risco, disseram os intervenientes no debate.
Estas Sessões Públicas são iniciativas conjuntas da Universidade do Algarve e da Algfuturo. A sessão de Faro foi dirigida pelo presidente da câmara, Rogério Bacalhau, participando também o Magnífico Reitor, o presidente da câmara de Olhão (também Presidente da AMAL), o representante da Câmara de Loulé, o Presidente da Algfuturo, José Vitorino, outros autarcas, outros membros da Comissão Organizadora, dirigentes da Algfuturo e de outras Associações.

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