Faltam bancos e abrigos nas paragens de autocarro no Algarve

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A falta de bancos e abrigos nas paragens de autocarro são as queixas mais comuns em toda a região algarvia

Há cada vez mais algarvios revoltados com a falta de condições nas paragens de autocarro, sendo que muitas nem sequer têm assentos ou estruturas de proteção. “Existem centenas ou milhares de abrigos que não abrigam coisa nenhuma”, denuncia Tânia Neves ao JORNAL DO ALGARVE. A jurista da Deco revela que “as queixas estão a aumentar consideravelmente” na região e exige “mais e melhores condições” para quem aguarda pela chegada dos transportes públicos no Algarve

 

Abrigos de passageiros totalmente expostos a condições atmosféricas adversas, sem assentos ou iluminação, sujos e desprovidos de informação sobre o serviço. Os problemas das paragens de autocarro no Algarve “são tantos que dava para elaborar um extenso relatório”. Por toda a região existem milhares de paragens e, embora algumas até tenham abrigos, os problemas que apresentam são “inúmeros” e “colocam inclusivamente a vida das pessoas em risco”.

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A denúncia parte da jurista Tânia Neves, da delegação regional da associação de defesa do consumidor Deco, que esteve em Lagos, na semana passada, para apontar diretamente ao JORNAL DO ALGARVE algumas das lacunas existentes.

Em muito locais da região, a paragem resume-se a um poste, muitas vezes sem nenhuma informação sobre os horários…!

“Os utentes no Algarve têm de esperar por um autocarro em pé e ao sol, porque na maioria dos casos faltam bancos para as pessoas se sentarem”, frisa a jurista da Deco, salientando que a campanha lançada na região em maio deste ano – ‘A paragem da vizinha é melhor que a minha’ – está a dar frutos. “As queixas dos transportes têm vindo a aumentar consideravelmente. Nestes quatro meses recebemos mais de 80 reclamações no Algarve”, adianta Tânia Neves.

Idosos obrigados a esperar em pé ao sol e à chuva

Os problemas identificados nas paragens de autocarros são comuns em todos os concelhos algarvios, sendo que em muito locais da região a paragem resume-se a um simples poste, sem nenhuma informação sobre os horários…!

Mas, mesmo nos centros urbanos, a situação não é melhor. Na principal avenida de Lagos, por exemplo, encontrámos mais de uma dezena de pessoas à espera de autocarro, a maioria idosos, numa paragem com apenas um banco de dois lugares. “Faltam assentos para as pessoas se sentarem. Vejo muitas pessoas com deficiência e idosos em pé à espera dos autocarros. Deviam instalar mais bancos para todos poderem descansar”, protesta Jorge Brassard, 88 anos, residente em Lagos.

Este octogenário desloca-se “todos os dias” de autocarro para ir às compras e distribuir revistas do Círculo de Leitores. Por isso, conhece bem os problemas, porque já os sofreu na pele. “No verão, apanhamos com um sol abrasador, enquanto no inverno temos de levar com a chuva e o vento. Ou seja, estas paragens servem mais para expor publicidade do que para abrigar as pessoas”, lamenta.

Júlia Serrão, 84 anos, também está em pé à espera do autocarro. Esta reformada acrescenta ainda mais um problema: “Os horários são quase impercetíveis, pois as letras e os números são tão pequeninos que muitas pessoas, como eu própria, não conseguem ler”, afirma…

 

(REPORTAGEM COMPLETA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DO ALGARVE – NAS BANCAS A PARTIR DE 11 DE OUTUBRO)

Nuno Couto|Jornal do Algarve

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