Faro: Bustos de Adriano e Agripina reconhecidos como Tesouro Nacional

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Depois da classificação do mosaico romano do Deus Oceano com o estatuto, em 2018, os bustos, provenientes da villa romana de Milreu, “são agora o segundo tesouro nacional do Museu Municipal de Faro”, segundo a autarquia.

Esta decisão vem coroar um processo que remonta aos finais de julho do ano passado, altura em que a autarquia apresentou formalmente um pedido de proposta de classificação, baseado em ampla informação e documentação, que comprova a importância e raridade destas peças, em contexto arqueológico rural. Não é por acaso que o busto de Agripina, mãe de Nero e mulher de Cláudio, datado do século I d.C. e possivelmente importado de Itália, é um dos 9 exemplares em toda a Hispânia, assim como Adriano, belíssima escultura do mesmo período e de oficinas italianas, muito rara em ambiente privado. Descobertas em 1966, junto ao peristilo de Milreu, em

Estoi, fruto de uma ação de limpeza da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, tratam-se de aquisições de uma antiga família abastada, possivelmente com gosto pelo colecionismo e com afinidades à família imperial.

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Do que não resta dúvida é da mais-valia patrimonial deste conjunto, raro e de enorme qualidade, que faz dele um caso especial no contexto da Hispânia, merecendo um olhar atento do ponto de vista internacional, quer através da participação de algumas destas peças em exposições e catálogos, quer da organização de eventos com grandes especialistas, como aquele que se organiza neste momento em Faro e em Mértola, sobre escultura romana.

O Museu Municipal de Faro passa a ter, assim, novos tesouros nacionais, todos na mesma sala, “mostrando a riqueza do património arqueológico romano neste território, repleto de heranças culturais longínquas e exemplificadoras do cosmopolitismo deste lugar”, conclui o município.

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