Faro: Glocal pede à Câmara que minimize impactos ambientais nas obras da Mata do Liceu

ouvir notícia

O movimento de cidadãos Glocal pediu hoje ao executivo da Câmara de Faro que preserve o máximo número possível de árvores nas previstas obras da Mata do Liceu e que encontre uma alternativa ao pavimento de betão desativado proposto para o caminho principal, de forma a minimizar o impacte ambiental da intervenção.

Em carta aberta endereçada à autarquia, o movimento propõe que, em fase de obra, se encontrem soluções “para manter o máximo de árvores existentes e para garantir que no final do projeto a cidade poderá dispor, pelo menos, da mesma quantidade de árvores que a Mata do Liceu tinha antes do projeto”.

“Além disso deverá ser encontrada uma alternativa ao pavimento de betão desativado proposto para o caminho principal, por exemplo usando saibro estabilizado (tipo de material que foi utilizado nos caminhos do Parque Ribeirinho) que é mais natural e permeável”, enuncia.

- Publicidade -

Após a análise do projeto, as reuniões tidas com a Câmara Municipal (CM) de Faro e os esclarecimentos prestados pela autarquia, a Glocal concluiu que a mata ficará sem parte dos exemplares de árvores adultas da Mata e que será preciso aguardar vários anos para obter todos os benefícios das árvores a plantar no âmbito da presente intervenção.

“Constatamos igualmente que na cidade de Faro a área de estrutura verde urbana por/habitante representa apenas 22% do desejável e que a execução da requalificação da Mata do Liceu vai agravar ainda mais esta situação”.

O grupo salienta que o Algarve é a região do país onde mais se fazem sentir os efeitos das alterações climáticas, nomeadamente pela atual situação de seca severa e respetivas perspetivas de agravamento da mesma.

Nesse contexto, a redução de 17% da área arborizada da Mata, a impermeabilização de parte da mata pela execução do plano de acessibilidades, o abate de árvores adultas existentes e a implantação de um relvado “vai implicar o aumento dos consumos de água, numa altura em que se deveriam estar a maximizar as poupanças de consumo”.

- Publicidade -

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.