Faro: PAN quer aumentar reciclagem e pagamento por lixo produzido

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A cabeça de lista do PAN à Câmara de Faro defendeu esta quinta-feira que o município tem de aumentar a sua taxa de reciclagem e implementar um sistema de pagamento por quantidade de lixo produzido.

Em declarações à Lusa, Elza Cunha referiu que a taxa de reciclagem em Faro no ano de 2020 foi de apenas 15%, tendo sido enviados para aterro cerca de 60% dos resíduos e para incineração os restantes 25%.

“É uma taxa baixíssima de reciclagem e uma taxa altíssima de aterro sanitário, com as gravíssimas consequências que isto representa para os lençóis freáticos e o oceano”, afirmou.

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A candidata falava à Lusa margem de uma visita à Algar, em Loulé, empresa de valorização e tratamento de resíduos sólidos responsável pela recolha seletiva de embalagens nos 16 municípios do Algarve.

Segundo o PAN, “é possível melhorar” aquelas taxas, no entanto, para isso, é necessário “criar mais ilhas de reciclagem”, já que há zonas de restauração onde num raio de 200 metros não se “consegue encontrar um ecoponto”.

Nesse sentido, a candidata propõe a implementação de um programa piloto, à semelhança do que acontecer em algumas cidades europeias, que permite saber a quantidade de lixo que o cidadão coloca no caixote, sendo calculada, sobre esse valor, a verba que irá pagar na componente de resíduos urbanos.

“Tem dado bom resultado em termos de aumento de reciclagem e diminuição do desperdício, porque as pessoas vão pagar à medida que deitam fora lixo, é um incentivo à poupança ou reutilização”, realçou a médica.

A implementação de programas de compostagem dos resíduos orgânicos é outra da propostas do PAN para que estes “possam ser recolhidos e reutilizados” em vez de terem como destino os aterros sanitários.

Numa avaliação ao estado do ambiente no município farense, Elza Cunha traçou um diagnóstico “muito doente”, com sintomas de “ar irrespirável, excesso de automóveis e carência de árvores e espaços verdes”.

Também a Ria Formosa não tem uma avaliação muito positiva, já que muitas das suas pradarias marinhas estão “ameaçadas”, frisou.

Já sobre a construção de uma nova marina exterior na cidade, a candidata refere que, segundo investigadores da Universidade do Algarve, terá um impacto equivalente a um incêndio de “200 hectares de floresta”, alertou.

Elza Cunha tem como adversários na corrida à presidência da capital algarvia o ‘repetente’ Rogério Bacalhau (PSD/CDS-PP/IL/MPT/PPM) – que se candidata a um terceiro e último mandato -, o antigo vereador socialista João Marques, Custódio Guerreiro (Chega), Catarina Marques (CDU e Aníbal Coutinho (BE).

Nas eleições de 2017, a coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM obteve 43,94% dos votos, alcançando maioria absoluta no executivo, com cinco vereadores. O PS conseguiu 38,06% dos votos (restantes quatro vereadores) e a CDU, com 7,38%, perdeu o vereador que tinha assegurado em 2013.

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