O espetáculo, debruça-se sobre o processo de tratamento, curar e partilha durante o processo de cura da doença, com o objetivo de dar ao espetador algumas referências daquilo que podem também eles estar a passar num momento de vulnerabilidade ou fragilidade física.
Segundo a autora, houve uma preocupação em não criar um espetáculo “pesado”, mas sim dar-lhe uma certa “naturalidade” que lhe permitisse falar da sua experiência pessoal interligada com uma intervenção artística em palco.
Em palco, Sara Goulart lê o texto da sua autoria e manipula imagens, às quais junta um trabalho coreográfico do corpo e uma cenografia singular complementada com um desenho sonoro e luz. Assumindo não ser uma intérprete “formada”, admite que o formato “híbrido” – ‘conferência-performance’ – lhe permite partilhar o relato pessoal e cruzá-lo com elementos artísticos visuais e sonoros.
Sara revelou que teve intenção de apresentar este espetáculo em outubro, mês dedicado à prevenção do cancro da mama, e optou pela estreia em Faro por ser a sua cidade.
“Sarar” é a sua primeira criação artística própria, que conta com as interpretações e colaborações de Ana Rita Teodoro, Fernando Ramalho, Luísa Homem e Zé Rui.