Feira da Serra de São Brás realiza edição online devido à pandemia

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A Feira da Serra de São Brás de Alportel realiza-se este ano em formato digital, entre os dias 23 e 26 de julho, com um canal de televisão e um portal dedicado aos artesãos e produtos da região, devido à pandemia de covid-19, anunciou a organização.

Esta foi a solução encontrada pela Câmara Municipal de São Brás de Alportel, organizadora da Feira da Serra, para ajudar os produtores e artesãos a manter alguma atividade e a fazer algum negócio, num período em que o formato de feira presencial acarretaria riscos que é necessário evitar para controlar a pandemia, explicou o presidente da autarquia algarvia, Vítor Guerreiro.

“Queremos passar uma mensagem de esperança, de que vamos conseguir, unidos, passar estes dias difíceis e também os dias que nos aguardam num futuro próximo, mas temos de ter fé e esperança de que, no próximo ano, vamos todos nos reencontrar numa Feira da Serra presencial, e em alegria e em confraternização com todos”, afirmou o autarca sobre o evento.

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Um dos principais objetivos desta edição digital é manter a “economia viva” e dar “esperança às pessoas e a alegria a todos os munícipes” que todos os anos visitam a Feira da Serra para adquirir produtos tradicionais da região e do interior algarvio, mas também de outras zonas do país, disse o autarca.

A 23 de julho será apresentada a Feira da Serra Online em www.feiradaserra.cm-sbras.pt, enquanto no dia seguinte decorrerá um concerto da Orquestra Clássica do Sul no Cineteatro de São Brás de Alportel, com acesso restrito.

No sábado, 25 de julho, decorrerá o desfile de moda São Brás Fashion, transmitido nas redes sociais e no MEO Kanal 205250. Para terminar a edição deste ano do evento, no dia seguinte será transmitido na SIC o programa “Domingão”, a partir de São Brás de Alportel.

Vítor Guerreiro falou das dificuldades criadas pelo surto de covid-19, que obrigaram a encerrar o comércio e a dotar o município de fundos de emergência para “apoiar as famílias” e proteger forças de segurança e entidades do concelho, mas sublinhou que agora é preciso, “pouco a pouco, com a colaboração de toda a população, reabrir o comércio e retomar alguma normalidade possível”.

“Mas com cuidado, temos de ter cuidados a fazer a nossa vida, podemos ir ao restaurante, podemos fazer férias, aproveitar os nossos alojamentos locais e os espaços que temos no concelho, mas com regras, com usos de máscara, com algum distanciamento social, evitando grupos muito grandes, mas também não nos vamos privar de ter alguma normalidade nas nossas vidas”, disse.

Por isso, a autarquia avançou para uma edição online para “trazer alguma possibilidade de realizar algum capital a estes artesãos” e “dar a conhecer os seus produtos”, disse.

“Vamos levar a Feira da Serra aos quatro cantos do mundo por este portal online e já está a ter um efeito muito positivo, porque estes artesãos – muitos são pessoas com alguma idade – estão empenhados, não estão a pensar na pandemia e estão envolvidos a produzir as suas peças de artesanato”, considerou.

Vítor Guerreiro acrescentou que, nesta edição, a “Feira online vai mostrar os seus produtos” e destacou o efeito “extremamente positivo” para artesãos e vendedores, que “encontram aqui uma luz de esperança naquilo que é o futuro”.

“E nós o que estamos a dizer é: este ano vai ser assim, vamos dar a conhecer os produtos, e para o ano ainda vamos ter mais clientes a comprar os produtos na própria Feira da Serra”, afirmou o autarca, antecipando que o tema do próximo ano será o medronho, em “homenagem” à serra algarvia, por ser uma espécie “bastante resistente”.

Trata-se de uma árvore que “após os incêndios renasce logo das cinzas” e permite dar “um sinal” de que “vamos sobreviver, ultrapassar estes momentos difíceis” e de que “a economia vai-se aguentar”, justificou.

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