Feira do Imigrante com música, dança e gastronomia típicas

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A Alameda da República vai ser palco, nos próximos dias 16 e 17, da primeira edição da Feira do Imigrante, uma iniciativa promovida pela junta de freguesia de Portimão, através do Centro Local de Apoio à Integração do Imigrante (CLAII).

O evento reúne várias associações de imigrante da freguesia que vão apresentar à população espetáculos de dança e de música tradicionais, para além de mostras gastronómicas onde se pode provar as melhores iguarias e pratos típicos de vários países.

“O objetivo é mostrar a diversidade cultural das comunidades residentes no concelho de Portimão”, adianta a presidente da junta de freguesia, Ana Figueiredo, explicando que a Feira do Imigrante decorre de uma candidatura apresentada pela junta de Portimão, no âmbito do programa promovido pelo Alto Comissariado para a Imigração e Dialogo Intercultural (ACIDI), que visa “a promoção da interculturalidade e a plena integração dos imigrantes”.

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A abertura da feira está marcada para sábado, às 16h00, sendo que, até às 22h00, os visitantes poderão assistir a desfiles de trajes culturais de vários países, danças tradicionais de Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné, para além da atuação do grupo de dança “Estrelinhas” e da associação CAPELA.

No domingo, a feira estende-se entre as 10h00 e as 21h00. O dia será preenchido com danças e cantares da Roménia, a atuação da cantora moldava Lica Caracas, cantares tradicionais da Ucrânia, dança tradicional portuguesa (pelo rancho folclórico Ladeira do Vau) e o grupo de capoeira da Associação de Capoeira.

Comunidade estrangeira em Portimão

Segundo os dados oficiais, no concelho de Portimão residem cerca de 42 mil indivíduos de nacionalidade portuguesa (93 por cento) e perto de 3.200 estrangeiros (6 por cento).

No que toca à população estrangeira, os dados indicam que 45 por cento dos imigrantes são europeus, 26 por cento dos quais provenientes de países da União Europeia, 17 por cento são oriundos dos PALOP e 25 por cento de outros países, 10 por cento dos quais brasileiros.

Estes números colocam Portimão como o segundo maior concelho de acolhimento de imigrantes do Algarve, logo atrás de Loulé. Destes imigrantes provenientes dos países da Europa de Leste, destacam-se os provenientes da Ucrânia, Moldávia, Roménia e Rússia.

“As redes de trabalho clandestino alimentam o setor da construção civil, em expansão na região. Estes imigrantes apresentam, de modo geral, um elevado grau de instrução, muito superior à média portuguesa, mas que devido às dificuldades linguísticas foram inseridos na construção civil, em trabalhos limpeza e mais recentemente na agricultura”, explica o Relatório do Diagnóstico de Portimão 2008, que se debruçou sobre a realidade dos bairros sociais do município.

Responder às necessidades”

Face à elevada representação de imigrantes no concelho, tanto a autarquia como a junta de freguesia de Portimão têm vindo a trabalhar em parceria com as associações de imigrantes locais. O objetivo, dizem, é “responder às suas necessidades”.

Neste momento, o município está a promover uma parceria com o Centro de Apoio à População de Leste e Amigos (CAPELA), nomeadamente em três importantes projetos: escola para os filhos dos imigrantes, campo de férias para crianças e uma “escola” com o objetivo de esclarecer os imigrantes sobre a legislação, sistema de educação e saúde, entre outros.

Por outro lado, a autarquia colabora com a Associação Caboverdiana do Algarve no projeto Empresa de Inserção, que mantém a funcionar há cerca de dez anos um restaurante (Espaço à Caboverde) no concelho de Portimão.

Nuno Couto/JA

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