A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) acusou hoje o Ministério da Educação de impor medidas ainda mais restritivas às escolas que, segundo afirma, vão provocar “consequências desastrosas” na qualidade do ensino e emprego docente.
Em comunicado, a Fenprof alerta para as medidas que têm vindo a ser divulgadas nas últimas semanas, “a conta-gotas”, destinadas a “reduzir despesas em áreas que são fundamentais para garantir o bom funcionamento das escolas, a boa qualidade do ensino e o caráter inclusivo da Escola Pública”.
Em declarações à agência Lusa, o secretário geral da federação, Mário Nogueira, referiu-se à redução do número de professores bibliotecários, aos cortes nos apoios às escolas de música privadas, às alterações nos cursos de educação e formação e ao encerramento de escolas do primeiro ciclo, por exemplo.
“A intenção é, agora sem disfarçar, ganhar horas, logo horários e, assim, reduzir drasticamente o número de professores. Estas medidas terão o seu primeiro impacto, que será violento, junto dos professores contratados já no próximo mês de setembro”, acusa a Fenprof.
Mário Nogueira lembrou ainda a criação de um grupo de trabalho coordenado pelo Ministério das Finanças para acompanhar a execução orçamental do setor e apresentar propostas para incluir no próximo Orçamento do Estado, estimando assim mais restrições orçamentais.