Festival de música árabe leva 5 espetáculos a 7 cidades algarvias

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Estão de regresso ao Algarve as músicas e danças de raiz provenientes do Médio Oriente, Magrebe e Mediterrâneo Oriental. A 19ª edição do Festival de Música Al-Mutamid arranca no próximo dia 25 de janeiro, com o grupo de música persa Novan Ensemble (Irão), no Convento de São José, em Lagoa.

Este festival irá prolongar-se até dia 23 de fevereiro, passando ainda por Vila Real de Santo António, Loulé, Albufeira, Silves, Lagos e Olhão. Todos os concertos acontecem às 21h30.

Depois de Lagoa, realizam-se os espetáculos de Novan Ensemble, no Centro Cultural António Aleixo, em Vila Real de Santo António (26 de janeiro), Sephardica (Espanha), no Teatro Mascarenhas Gregório, em Silves (8 de fevereiro), Muhsilwan (Marrocos/Sudão/Guiné Conacri), no Cine-Teatro Louletano (9 fevereiro), Tarab Flamenco (Marrocos/Espanha), no Centro Cultural de Lagos (15 fevereiro) e no auditório municipal de Albufeira (16 fevereiro), até ao concerto final dos El Laff (Marrocos/Espanha), no auditório municipal de Olhão, no dia 23 de fevereiro.

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A música que durante séculos inundou bazares, medinas e palácios do Gharb al-Andalus está, assim, de regresso, com cinco espetáculos diferentes, repartidos por sete cidades algarvias: Lagoa, Vila Real de Santo António, Loulé, Albufeira, Silves, Lagos e Olhão.

“Este festival itinerante surgiu em 2000 e tem vindo a resistir de forma ininterrupta aos altos e baixos que a cultura no Algarve tem vindo a atravessar, ao longo de quase duas décadas”, frisa a organização, explicando que “a longevidade deste evento, pioneiro e de caraterísticas únicas na Península Ibérica, está relacionada com o suporte de um público que deseja conhecer mais profundamente músicas e danças de raiz provenientes do Médio Oriente, Magrebe e Mediterrâneo Oriental”.

Este festival é também uma homenagem ao rei poeta al-Mutamid, filho e sucessor do rei de Sevilha Al-Mutadid. Muhammad Ibn Abbad (al-Mutamid) nasceu em Beja (1040) e foi nomeado governador de Silves com apenas 12 anos, tendo aí passado uma juventude refinada. Em 1069 acedeu ao trono de Sevilha, o reino mais forte entre os que surgiram em al-Andalus após a queda do Califato de Córdoba. Em 1088 foi destronado pelos almorávidas e exilado em Agmat, a sul de Marraquexe, onde viria a falecer em 1095. O seu túmulo, conservado até hoje, tornou-se símbolo dos mais belos tempos de Al-Andalus.

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