Festival MED mantém público fiel e ganha novos adeptos

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Omar Perry
Oumou Sangaré
Oumou Sangaré

A décima edição do evento atraiu milhares de visitantes à zona histórica de Loulé

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Nos dias 28 e 29 de junho, a zona histórica de Loulé voltou a estar no roteiro de milhares adeptos das músicas do mundo, mas também de muitos visitantes, alguns deles numa estreia absoluta no Festival MED, em busca de novas experiências musicais, gastronómicas, apreciadores de arte e artesanato ou simplesmente para conviver e celebrar com os amigos.

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A fusão de artes, de sons, cheiros e cores animou o coração antigo da cidade que durante grande parte do ano vive de forma calma mas que com a realização do Festival MED ganha uma nova dinâmica.

Na quinta-feira, dia 27, a organização abriu as portas do recinto ao público num “warmup” que trouxe a atuação de “dj” locais mas permitiu também aos visitantes acompanharem um pouco da montagem do festival.

Já no primeiro dia do festival propriamente dito, o cartaz musical, marcado por vozes femininas e pelos artistas portugueses, proporcionou ao público momentos inesquecíveis. Se no Palco Cerca, num tom mais intimista, os sons quentes da angolana Aline Frazão e da brasileira Tulipa Ruiz davam o mote para uma noite de excelência musical, uma verdadeira romaria seguiu em direção ao Palco Castelo para ver os portugueses Dead Combo, uma das bandas mais premiadas no nosso país. Este viria mesmo a ser considerado um dos momentos altos da 10ª edição do MED, num concerto singular que encheu as medidas da plateia. Momentos antes, Samuel Úria, músico com origens na estética punk, rock’n’roll e low-fi confirmou em palco porque é considerado um dos mais interessantes cantautores portugueses do século XXI.

A música nacional também esteve no Placo da Matriz com um Miguel Araújo bem disposto a fazer-se acompanhar pelo público nos seus temas mais conhecidos como o incontornável “Os Maridos das Outras”.

Ainda na Matriz, a diva do Mali, Oumou Sangaré, trouxe o que de melhor se faz no panorama musical africano na atualidade.

A noite encerrou na Cerca com os DJ Hugo Mendez “Sofrito”, fundador das lendárias festas do Sofrito Tropical Warehouse em Londres, com um repertório composto por clássicos vintage, versões exclusivas em dubplate e produções modernas, que criaram uma energia intensa e vital.

Para o segundo dia do MED, o Palco Castelo voltou a ter casa cheia e muita animação com os Kumpania Algazarra. Esta “fanfarra” que vagueia pelas músicas dos cinco continentes, numa combinação única de sons balcânicos, árabes, latinos, africanos, ska, funk e hiphop, transformando tudo à sua volta numa festa ambulante, contagiou o público que não parou de dançar durante esta atuação.

Duas vozes femininas, luminosas e doces foram o destaque do Palco Cerca. Primeiro a espanhola Sílvia Pérez Cruz, que trouxe a Loulé uma combinação da improvisação do jazz, a força e o ritmo do flamenco e a melodia do fado; depois a fadista portuguesa Cuca Roseta, uma das mais importantes vozes da nova vaga do fado. No final, as duas artistas estiveram juntas em palco.

Também no Palco Matriz nomes de destaque do panorama das músicas do mundo marcaram presença. Os Hedningarna, três magos da música sueca, com os seus instrumentos invulgares trouxeram uma energia contagiante. Mas o momento alto da noite seria mesmo a atuação de Omar Perry que substituiu o anunciado Anthony B. Filho do Lee “Scatch” Perry, este jamaicano encheu o recinto com as vibrações positivas do reggae e, naturalmente, não esqueceu o grande Bob Marley, introduzindo nos seus temas excertos de músicas da grande voz do reggae.

A 10ª edição do Festival MED encerrou ao som da Batida versão DJ Set que, num outro formato, regressou ao MED passados dois anos. Pedro Coquenao, fundador deste projeto, trouxe os sons do kuduro e da eletrónica, que fez vibrar o público neste final de festa.

“Dez anos volvidos desde a sua primeira edição, o Festival MED voltou a reafirmar o seu papel no roteiro de festivais de verão, não só em Portugal mas também a nível europeu. A par da componente artística destaca-se ainda o impacto turístico que tem no Concelho de Loulé, nomeadamente na hotelaria e restauração”, afirmou Joaquim Guerreiro, diretor do Festival.

Já o presidente da autarquia de Loulé, Seruca Emídio, considerou que “Loulé mudou com a realização do Festival MED”. “A Zona Histórica de Loulé, durante anos afastada da vida social da cidade, ganhou uma nova vida”, sublinhou o autarca.

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