Figo atrai investidores à ‘nova Vilamoura’

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É o ressuscitar do projeto de Vilamoura, cujo desenvolvimento turístico-imobiliário esteve parado nos últimos anos: o fundo americano Lone Star, agora proprietário do empreendimento, anunciou a 8 de setembro um masterplan de €1000 milhões, que contempla 18 projetos para uma área global de 400 hectares.

“Temos uma visão para a ‘nova Vilamoura’, um plano e uma ambição com que queremos estar na vanguarda do turismo em Portugal”, salientou Paul Taylor, presidente executivo do Vilamoura World, braço do fundo Lone Star para este projeto. E garantiu que “Vilamoura, que é oito vezes maior do que o Mónaco e até maior que a cidade de Londres”, será, num prazo de cinco anos, “um resort líder na Europa”.

Mas não será o fundo Lone Star a investir na totalidade os €1000 milhões, procurando antes “parceiros e investidores a nível internacional” nos diferentes projetos, ao contrário do anterior modelo seguido pela Lusotur, que se assumia como promotor do empreendimento inteiro. Paul Taylor afirma estar à procura de investidores para Vilamoura em diferentes geografias, como China (com especial destaque para Hong Kong), Índia ou Médio Oriente, além da Europa, EUA “e, claro, sem esquecer os portugueses”. Não adiantou quanto o fundo Lone Star acabará de facto por investir, alegando que irá depender do processo de atração de investidores.

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O presidente da Vilamoura World enfatizou aqui o caso de Luis Figo, ex-jogador português proprietário de um restaurante na marina (o Sete Café), que se prontificou ele próprio a investir e ser um exemplo na mudança do empreendimento do Algarve.

“Vamos estar na nova filosofia que o fundo Lone Star quer para Vilamoura, na qual queremos ver também outras oportunidades”, adianta Paulo Tong Tam, conhecido como Paulo China e sócio de Luís Figo no restaurante da marina, além do hotel Suítes Alba Resort na Praia do Carvoeiro. “Acreditamos no investimento deste fundo para Vilamoura, que ficou parada com os espanhóis, que não fizeram aqui nada”.

Além de estar “atento” a oportunidades, Luís Figo, segundo Paulo China, será também uma espécie de embaixador “com o seu know how” e contactos, ajudando a Lone Star à missão de atrair a Vilamoura investidores de todo o mundo. “O Luís já não joga futebol, agora vai jogar ao turismo”, faz notar.

A curto prazo, a intervenção de Figo será visível na remodelação do restaurante na marina. “Há 20 anos que não fazíamos obra, e este upgrade vai ser uma âncora de qualidade na arquitetura que o fundo Lone Star quer impor”, refere Paulo China, adiantando que o objetivo é “trazer grandes arquitetos mundiais” para este projeto. “É como uma mulher feia que quer fazer um lifting, e é preciso arranjar um bom cirurgião para pôr as coisas no sítio”, resume. Sem avançar o investimento que irá envolver em concreto, o sócio de Figo afirma que o projeto ficará pronto “antes do verão de 2016, por altura da Páscoa”.

Construção avança em 2017

Destacada pelos novos proprietários como “a montra de Vilamoura para o mundo”, a marina vai ser alvo de remodelação, a concluir até finais de 2016, ficando com um novo yatch club, além de spa, ginásio e três restaurantes-âncora, num projeto assinado pela Broadway Malyan e com uma “arquitetura icónica que reflete bem o que será a imagem futura de Vilamoura”, segundo enfatiza Paul Taylor. “A marina precisa de ser um catalisador de restaurantes de alto nível”.

No desenvolvimento turístico-imobiliário previsto no novo masterplan — cuja construção, segundo Paul Taylor, será iniciada em 2017 — destaca-se o projeto Vilamoura Lakes, com hotéis, zonas residenciais e de comércio, envolvendo investimentos de €600 milhões e sucessor da Cidade Lacustre. O fundo Lone Star abandonou o projeto original, que contemplava uma ligação à marina através de canais, alegando ter “pesados impactos ambientais” e também de custos. Segundo o plano apresentado pelos novos proprietários, o Vilamoura Lakes terá 1900 unidades residenciais, além de cinco empreendimentos turísticos totalizando 3600 camas.

“O fundo Lone Star foi um dos alvos da diplomacia económica nas visitas que fizemos aos EUA quando reiniciámos o processo de atrair investimento a Portugal”, lembrou António Pires de Lima, ministro da Economia, na apresentação do plano para a ‘nova Vilamoura’. “Foi um investidor que andámos a namorar há algum tempo, desde 2013, embora o investimento em Vilamoura não dependesse do Governo português.”

Turismo em jogo

Paul Taylor, presidente-executivo do Vilamoura World, braço do fundo Lone Star, adianta estar à procura de investidores na China, Índia, Médio Oriente, Europa e Estados Unidos. O ex-jogador português Luís Figo prontificou-se a fazer o upgrade no seu restaurante da marina e a servir de ’embaixador’ para atrair investidores, segundo avança o seu sócio, Paulo China. “O Luís já não joga futebol, agora vai jogar ao turismo”

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