Figo Lampo apresenta “nova forma de sentir a cultura”

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“Quando arte e ambiente se encontram virtualmente aos olhos de quem caminha pela natureza” serve de mote para ‘Daqui, Sente o que Vês’, o mais recente projeto criativo da associação cultural Figo Lampo que se baseia num percurso poético-visual, para já com três pontos culturais de visita no interior do Algarve.

A Igreja Matriz de Alte, a Anta do Beringel, no Ameixial e o Percurso Eco-Botânico Manuel Gomes Guerreiro, em Querença, são os três espaços pioneiros nos quais “o caminhante é envolvido pelo património natural e/ou edificado e, de forma inovadora, convidado a fazer um outro caminho, através de um código QR disponível num totem in situ. Acedendo a vídeos de cerca de dez minutos, poderá vivenciar – fora de portas – uma criação artística concebida unicamente para aquele local”.

A esta nova abordagem à “cultura no ambiente”, a Figo Lampo alia a divulgação da arte produzida por artistas portugueses e estrangeiros residentes no Algarve. Maria Adelaide Fonseca, diretora artística do projeto, explica que em termos artísticos, “pretendeu-se ter uma abordagem pluridisciplinar na generalidade do projeto, onde várias estéticas são apresentadas consoante os criadores convidados. Mas todas elas no grande baluarte que é a arte contemporânea, onde a liberdade de cada criador é o pináculo da criação. Parece-nos que a divulgação do trabalho destes criadores é também essencial para o reforço da identidade multicultural da região”, refere.

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Numa primeira fase, “Daqui, Sente o que Vês” desafia o visitante a testemunhar arte efémera em três freguesias do interior do concelho de Loulé: Alte, Ameixial e Querença, mas a Associação ambiciona cobrir mais freguesias e mais concelhos, cobrindo outros lugares patrimoniais da serra e barrocal algarvios, pois “só assim o percurso terá maior expressão e poderemos contribuir ainda mais para a disseminação da arte e da cultura em territórios de baixa densidade”, garante Maria Adelaide Fonseca.

No conjunto dos três vídeos estiveram envolvidas mais de 40 pessoas.

Projeto artístico pluridisciplinar e amigo do ambiente

Música, teatro, dança, canto lírico ou popular são as áreas artísticas presentes nestes filmes que incutem “valor humano e cultural na visita ao território”. O projeto possibilita novas apropriações e vínculos a estes espaços através do domínio sensorial. Com uma ligação emocional ao lugar, “o projeto vislumbra potenciar os níveis de conexão com a natureza e o património, despertando para outras vivências culturais e para manifestações de salvaguarda do ambiente e dos espaços por parte do visitante”.

Para um menor impacto visual e ambiental dos totens onde estão cravados os códigos QR, o projeto especializado em ecodesign “PidutournéeDesign”, utilizou materiais naturais e em sintonia com o meio envolvente.

Pensado desde 2019 e com concretização criativa em 2021-22, o projeto está integrado num outro mais amplo, o #TERRA VERMELHA, apoiado pelo programa Garantir Cultura, da República Portuguesa. A iniciativa soma ainda o apoio da Câmara Municipal de Loulé.

“Daqui, Sente o que Vês” teve também a colaboração das freguesias de Alte e Ameixial, da União de Freguesias de Querença, Tôr e Benafim, da Fundação Manuel Viegas Guerreiro, do Agrupamento de Escolas Padre João Coelho Cabanita e da EB/JI de Querença.

A apresentação pública do projeto tem entrada livre.

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