Fim do embargo e direitos humanos. O que falta para Cuba e EUA serem amigos de verdade

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Posaram sorridentes, fazendo prova do clima de reaproximação que se vive nos dois países, mas sorrisos à parte, o encontro de terça-feira entre Barack Obama e Raúl Castro na Assembleia Geral da ONU deixou claras as posições dos EUA e de Cuba e o muito que falta fazer para a definitiva normalização das relações entre as duas nações.

Do lado cubano – expressou-o Castro, horas antes, diante da Assembleia das Nações Unidas – a prioridade é o fim do embargo, sem margem para negociações. A isto se soma a devolução de Guantánamo, o fim das emissões de rádio e de televisão “desestabilizadoras” e o pedido de uma “compensação” pelos danos sofridos nos últimos 50 anos.

A mesma firmeza manifesta Washington, ao não abrir mão da questão dos direitos humanos, tema que mais aborrece Havana.

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Mais reformas para alívio do embargo

Isto terão reforçado, um ao outro, Obama e Castro. Após o encontro, o ministro cubano dos Negócios estrangeiros, Bruno Rodríguez, declarou em entrevista coletiva que mesmo que o Congresso dificulte a vida ao Presidente norte-americano, que reiteradamente tem defendido o levantamento do embargo à ilha, Obama tem “amplas faculdades executivas para aliviar as suas restrições”.

Sobre o que já foi feito, a possibilidade de viajar e a abertura ao comércio com Cuba, Rodríguez sublinhou serem medidas “de valor muito limitado, de alcance e profundidade limitadíssima”. Mas nada disse sobre o que Cuba está disposta a fazer mais, em resposta aos pedidos dos Estados Unidos.

Obama recordou-os ao seu homólogo, afirmou a Casa Branca em comunicado. Além de referir que mais reformas em Cuba potenciariam o alívio do embargo, Obama reafirmou a Castro o seu compromisso de conseguir que o Governo cubano “faça um melhor trabalho” na proteção dos direitos humanos dos seus cidadãos.

Durante a reunião, os dois Presidentes falaram ainda sobre a recente visita do papa Francisco a ambos os países e acordaram em continuar a trabalhar concertadamente algumas áreas, como por exemplo “a cooperação com outros países, como o Haiti”.

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