FMI em Angola abre oportunidades aos empresários, diz presidente da AEP

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Paulo Nunes de Almeida, presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP) aponta como efeito mais virtuoso da intervenção do FMI em Angola, a “criação de um novo paradigma para a economia angolana” de que decorrerão novas oportunidades para os empresários portugueses.

Nunes de Almeida diz que, primeiro, é peciso conhecer “o modelo da intervenção para se retirar conclusões definitvas”. Mas, pelo que se conhece deste tipo de operações, o FMI “vai impor uma nova estrutura do tecido económico, criando um novo paradigma” e ajudará a “credibilizar” a imagem do país.

Desafogo financeiro

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Estas intervenções do FMI “comportam sempre vantagens e custos”, diz o presidente da AEP. Do lado das vantagens, cita “um maior desafogo financeiro do país” de que poderão beneficiar as exportadoras portuguesas com créditos em Angola.

Depois, a visão externa do FMI “detetará as fragilidades da economia e imporá medidas para as combater”, introduzindo uma nova ordem económica. Nunes de Almeida verifica aqui “uma janela de oportunidade para as emopresas portuguesas com projetos para o país”, tendo em conta que Angola terá de reduzir a dependência das receitas do petróleo.

Do lados dos custos, aponta “os sacríficios que a população terá de suportar” e a “redução do poder de compra”, um efeito que poderá prejudicar as exportações portuguesas.

O efeito FILDA

É a AEP que este ano vai organizar a participação portuguesa na 33ª edição da maior feira de negócios de Angola, a FILDA – Feira Internacional de Luanda. A FILDA, de âmbito multissectorial decorrerá de 19 a 24 de julho.

Nesta fase, a AEP está a promover a feira junto das empresas e a receção tem sido favorável. Nunes de Almeida nota uma adesão crescente dos empresários e acredita que a entrada do FMI “reforçará o otimismo da comunidade exportadora”.

Em 2015, o stand português contou com 70 expositores (o recorde está acima dos 100), um valor que a AEP espera repetir na edição de 2016 – as exportações registaram em 2015 uma redução de 35%.

A adesão à FILDA permitirá avaliar o grau de otimismo dos exportadores face ao futuro da economia angolana. Nunes de Almeida verifica que o mercado “permanece como uma prioridade para centenas de PME portuguesas” e, pelas reações mais recentes “o sentimento geral é de que a aposta é para continuar e não faz sentido desistir agora dos esforços já realizados”.

Abílio Ferreira (Rede Expresso)

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