FMI prevê desaceleração da economia portuguesa até 2017

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Instituição liderada por Christine Lagarde está mais pessimista do que o Governo português e já o tinha alertado em fevereiro, na terceira avaliação pós-programa da troika

O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera que a economia portuguesa desacelere até 2017. As previsões do World Economic Outlook (WEO), divulgadas em Washington, onde esta semana decorrem as reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial, apontam para um crescimento do PIB de 1,4% este ano e 1,3% em 2017. Em 2015, a economia nacional cresceu 1,5%.

Estas projeções são idênticas às avançadas pelo Fundo na terceira revisão pós-programa da troika que decorreu em Lisboa no mês de fevereiro e são inferiores aos números do Governo. O Orçamento do Estado para 2016 conta com um crescimento de 1,8%, que é já uma revisão em baixa das estimativas do esboço orçamental que foi inicialmente enviado a Bruxelas.

Para o desemprego, o organismo liderado por Christine Lagarde prevê uma redução para 11,6% este ano (depois de 12,4%) e 11,1% no próximo. No caso da inflação, as estimativas para 2016 e 2017 são de 0,7% e 1,2%. Já o saldo externo estimado é positivo mas tenderá a diminuir, com valores de, respetivamente, 0,9% e 0,4% do PIB.

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Zona euro recupera devagar

O FMI espera que “a recuperação modesta da zona euro” continue em 2016 e 2017, “com o enfraquecimento da procura externa que ultrapassa os efeitos positivos de preços mais baixos na energia, de uma expansão orçamental modesta e de condições financeiras favoráveis”. A economia nacional é uma das que terá uma desaceleração até 2017, ano em que a Grécia, estima o FMI, deverá regressar ao crescimento depois de mais um ano de recessão em 2016. Mas não é a única: também Espanha deverá ter uma desaceleração.

No conjunto, a zona euro deverá crescer 1,5% este ano, 1,6% em 2017 e regressar ao ritmo de 1,5% nos anos seguintes. As principais economias da moeda única deverão acelerar ainda que de forma bastante ligeira face ao ritmo de 2015 e também face a 2016. “Espera-se que o crescimento acelere ligeiramente na Alemanha ([de 1,5% em 2015 e 2016] para 1,6% em 2017), França (para 1,1% em 2016 e 1,3% em 2017) e Itália (para 1% em 2016 e 1,1% em 2017”, refere o documento.

João Silvestre (Rede Expresso)

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