Fogo de Silves fez deslocar 82 pessoas e destruiu dois imóveis

Estiveram envolvidos no incêndio 574 operacionais, apoiados por 201 veículos e seis meios aéreos, segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC)

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O incêndio que deflagrou segunda-feira na zona de São Marcos da Serra, e que se encontra dominado, causou a destruição, pelo menos, de uma segunda habitação e de um palheiro, mas não provocou qualquer estrago em casas de primeira habitação, revelou hoje a presidente da Câmara de Silves, Rosa Palma.

Em declarações ao JA, a autarca informou que durante o sinistro foram evacuadas 82 pessoas, das quais apenas cinco foram alojadas no centro de apoio à população, em São Bartolomeu de Messines. Uma das pessoas acamadas foi para a Santa Casa da Misericórdia de Silves.

Com o fogo considerado dominado, há 586 operacionais no terreno, 206 viaturas e oito meios aéreos, informou Rosa Palma.

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O incêndio entrou em fase de resolução às 09:00, disse fonte do Comando Distrital de Operação de Socorro (CDOS).

No seu pico, o fogo, que deflagrou às 13:13 do dia 25 de julho, perto da localidade de Fica Bem, freguesia de São Marcos da Serra, teve uma velocidade de propagação de 2.400 metros por hora, o que é “muito acima daquilo que é a progressão de um incêndio num contexto

normal”, pelo que se tratou de um incêndio “excecional”, explicou a Proteção Civil.

Estiveram envolvidos no incêndio 574 operacionais, apoiados por 201 veículos e seis meios aéreos, segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Richard Marques, comandante operacional Distrital da Proteção Civil, precisou ainda que a área afetada pelo incêndio não ardeu nas últimas três décadas, o que fez com que assumisse um perímetro extenso.

No entanto, apesar de as previsões apontarem para uma área provável afetada de seis mil hectares, a área atingida pelas chamas “ficou-se por um quarto dessa área”, embora ainda não tenha sido calculada a área de afetação total do incêndio.

O incêndio, dominado cerca das 09:00 do dia 26 de julho, terça-feira, causou dois feridos ligeiros, um bombeiro e um profissional da Afocelca – estrutura profissional de apoio ao combate aos incêndios -, que sofreram de “exaustão” e “rapidamente recuperaram”, tendo sido transportados para o Hospital de Portimão.

No local, foram ainda assistidas duas pessoas – um bombeiro e um operador de máquinas de rasto -, pelos profissionais do dispositivo do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e da Cruz Vermelha montado no local.

Uma parte não especificada das pessoas retiradas de casa já voltou às suas habitações, de acordo com informações da Proteção Civil.

As chamas obrigaram ao corte de tráfego, durante várias horas, nos troços entre Ourique (Beja) e São Bartolomeu de Messines (Faro) da Autoestrada do Sul (A2) e do Itinerário Complementar (IC) 1, entretanto já reabertos à circulação.

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