Fogo, fumo e pânico ameaçam a vila de Monchique

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Às 21h30, uma frente de fogo de grandes dimensões chegou às portas da vila de Monchique, obrigando a evacuar várias pessoas. Os populares não escondem a preocupação com a situação neste momento. Muitas pessoas foram “forçadas” a abandonar as suas habitações pela GNR devido à aproximação das chamas e não sabem quando serão autorizadas a regressar. Na memória dos moradores estão os grandes incêndios de 2003 e 2004, que chegaram a durar dez dias até serem dominados.

A conferência de imprensa para fazer o ponto de situação do incêndio de Monchique deveria ter acontecido às 21h30, mas foi desmarcada face à gravidade da situação, que é descrita como “muito complexa” pelas autoridades da proteção civil. Existem várias casas dispersas nesta zona. Com o fim do dia, os meios aéreos deixaram de poder operar, complicando ainda mais o combate ao fogo. Várias estradas também foram cortadas.

O incêndio lavra desde o início da tarde de sexta-feira na serra de Monchique e mantém-se com duas frentes ativas. Esta noite, bombeiros e população não vão dormir para proteger os seus bens e as próprias vidas.

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O vento tem dificultado o trabalho dos bombeiros e algumas povoações tiveram mesmo de ser evacuadas por precaução numa zona sem acesso para meios de combate, disse fonte da Protecção Civil.

Ao final da tarde deste domingo, cerca de 831 operacionais, apoiados por 223 veículos e 12 meios aéreos ainda combatiam o incêndio.

O vento forte e os declives acentuados do terreno têm dificultado o trabalho dos bombeiros no local. Também estão a ocorrer muitos reacendimentos.

Entretanto, a localidade de Portela do Vento foi evacuada durante a tarde. O incêndio já obrigou à evacuação de cerca de 110 pessoas e 15 lugares dos concelhos de Monchique (Taipas, Foz do Carvalhoso, Ladeira de Cima, Pedra da Negra, Foz do Lavajo, Corjas, Foz do Farelo, Ribeira Grande e Portela da Viúva) e Odemira.

Por outro lado, foram assistidos até agora 30 operacionais, com sintomas relacionadas com o calor e com o fumo, informou o comandante operacional.

As forças de combate vão ser reforçadas ao início da noite com mais 16 máquinas de rasto.

O comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro, Vaz Pinto, já disse que “a grande preocupação neste momento é a segurança das populações e dos combatentes”.

NC|JA

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