Na serra de Monchique, as chamas não param de destruir mato e floresta desde as 13h30 de sexta-feira. Uma das duas frentes ativas do mais grave incêndio do fim de semana está a avançar para a vila de Monchique.
Ao final da tarde deste domingo, cerca de 800 operacionais ainda combatem o incêndio com duas frentes ativas, auxiliados por cerca de 190 veículos e nove meios aéreos.
O vento que está mais forte este domingo e os declives acentuados do terreno têm dificultado o trabalho dos bombeiros no local. Também estão a ocorrer muitos reacendimentos.
Uma das frentes ativas do incêndio em curso na serra algarvia, virada a sul, progride em direção à vila de Monchique, sem acessos para meios de combate. As chamas estão a lavrar numa zona de escarpa e pedra, de muito difícil acesso pelos meios de combate.
Entretanto, a localidade de Portela do Vento foi evacuada durante a tarde. O incêndio já obrigou à evacuação de cerca de 110 pessoas e 15 lugares dos concelhos de Monchique (Taipas, Foz do Carvalhoso, Ladeira de Cima, Pedra da Negra, Foz do Lavajo, Corjas, Foz do Farelo, Ribeira Grande e Portela da Viúva) e Odemira.
Por outro lado, foram assistidos até agora 30 operacionais, com sintomas relacionadas com o calor e com o fumo, informou o comandante operacional.
As forças de combate vão ser reforçadas ao início da noite com mais 16 máquinas de rasto.
A área ardida já ultrapassa os três mil hectares.
O comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro, Vaz Pinto, já disse que “a grande preocupação neste momento é a segurança das populações e dos combatentes”.
As temperaturas máximas e mínimas devem começar a descer a partir de segunda-feira.
NC|JA