Força Aérea portuguesa leva duas ambulâncias até à Ilha do Fogo

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Bangaeira, uma das povoações em Chã das Caldeiras, desapareceu do mapa no domingo

Portugal responde a pedido das autoridades cabo-verdianas no âmbito da União Europeia (UE), que a par das Nações Unidas, tem vindo a acompanhar os desenvolvimentos na Ilha do Fogo. Duas ambulâncias da Proteção Civil são enviadas já na terça-feira num avião da Força Aérea portuguesa. Cabo Verde propôs na Assembleia Nacional um aumento de IVA em 5%.

O comandante nacional José Manuel Moura precisou à agência Lusa “um ligeiro agravamento” da situação na ilha, onde há precisamente 16 dias o vulcão despertou, causando inúmeros danos, habitações e terrenos agrícolas foram engolidos.

No terreno, “há uma escassez muito grande” deste tipo de meios, frisa ainda o mesmo responsável. “Fizemos uma ronda pelos nossos corpos de bombeiros e houve uma grande adesão para podermos fazer essa entrega”, referiu, adiantando que a partida deverá ocorrer cerca das 12h da Base Aérea do Montijo.

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O comandante refere ainda que pode ser enviado “mais algum equipamento”, nomeadamente “alguns consumíveis em termos médicos”. É expectável que a Cabo Verde cheguem também chuveiros e tendas, também solicitados aos estado-membros da UE. Já hoje, e de acordo com o diário cabo-verdiano “A Semana”, era esperada uma equipa da FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, numa visita de dois dias, com vista a uma avaliação “rápida” de modo a traçarem “medidas de resposta imediata” aos deslocados de Chã das Caldeiras.

A ministra da Administração Interna cabo-verdiana encontra-se desde quarta-feira passada na ilha do Fogo. Esta segunda-feira, Marisa Morais retratou um cenário que “está para durar” e pode obrigar a novas evacuações, reportando-se à “imprevisbilidade” na atividade vulcânica.

Entretanto, ao final desta tarde, o Governo emitiu um comunicado para dar conta que o primeiro-ministro encontra-se a “promover encontros e trocas de impressões com os parceiros sociais (sindicatos e patronato) e, também, os partidos políticos no sentido de discutir soluções estruturais para a catástrofe na ilha do Fogo, com vista a serem também discutidas em sede do debate do Orçamento do Estado”. A meta do Governo é a criação de um fundo a fim de “fazer face às necessidades de reconstrução” da ilha.

O Governo volta-se para os impostos para ir buscar verbas e apresentou já uma proposta de alteração de lei do Orçamento do Estado para 2015. Aumentar o IVA de 15 para 15,5%. “Destina-se à reconstrução das vilas, infraestruturas e actividades económicas na ilha do Fogo, na sequência dos estragos provocados pela erupção vulcânica”, noticia o jornal cabo-verdiano “Expresso das Ilhas” que refere ter tido acesso à proposta. Exceptuam-se as “transmissões de água e energia elétrica”.

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