Formadores do IEFP de luto conta a precariedade

ouvir notícia

 .

.

Os formadores profissionais do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) estarão vestidos de preto até amanhã, sexta-feira, para protestar contra o facto de terem ficado de fora dos concursos de regularização de trabalhadores precários do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS).

- Publicidade -

Entre os 926 trabalhadores precários, que desempenham funções para aquele ministério, que não foram aceites nos concursos pela Comissão de Avaliação Bipartida (CAB), 749 são formadores do IEFP.

“Para cada parecer favorável uma vaga. Esta é a reivindicação que consideramos justa (…). Preocupam-nos os 749 formadores que irão receber parecer não favorável e outros que nem apresentaram o requerimento por desconhecimento do processo”, explica Susana Jorge, presidente da Associação Portuguesa de Formadores (APF), citada pelo Jornal Económico.

A mesma responsável acrescenta que, segundo dados do MTSSS, irão ser regularizados 446 formadores do IEFP de um total de 1581 requerimentos apresentados. “O IEFP, em vez de pretender regularizar esta ilegalidade, pretende abrir um concurso em que poderão entrar metade dos formadores”, alerta.

“Somos profissionais altamente qualificados, com licenciaturas, e muitos com pós-graduações, mestrados, doutoramentos… Mas trabalhamos a recibos verdes, muitos a tempo inteiro, sem direito a férias, subsídio de férias, subsídio de Natal e sem direito a ficar doentes”, explica um dos formadores, ouvido pelo Jornal do Algarve.

O mesmo formador garante que há pessoas nestas condições há mais de 20 anos.

“Não temos direito a sindicato, somos pagos à hora e a remuneração tem vindo a ser reduzida. Trabalhamos a tempo inteiro, de manhã, à tarde e, muitas vezes, ainda à noite. Não temos subsídio de refeição. Temos que ser nós a descontar para a Segurança Social, temos que pagar um seguro que é obrigatório e, alguns, ainda tiveram que assinar um documento que os obriga a trabalhar em exclusividade para o Estado”, acrescenta.

- Publicidade -

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.