França regressa à reforma aos 60 e corta salários dos ministros

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A primeira decisão, hoje, do novo Governo francês será a redução em 30% do salário do Presidente e dos ministros. A reforma aos 60 anos regressa também, sob condições, em junho.

É uma medida simbólica e será tomada por decreto, já hoje à tarde, na primeira reunião do Conselho de Ministros do Governo francês: os salários do Presidente e dos ministros vão sofrer um corte de 30%.

O chefe de Estado, François Hollande, bem como o primeiro-ministro, Jean-Marc Ayrault, passarão a receber cerca de 13 mil euros por mês em vez dos 20 mil que recebiam até agora. Os ministros passarão a auferir um salário de 9 mil euros, menos cinco mil euros do que era pago até agora.

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Outra medida que será objeto de um decreto, antes das legislativas de 10 e 17 de junho, será o regresso da reforma aos 60 anos para os assalariados que entraram cedo no mercado do trabalho e descontaram durante 41 anos para a caixa das pensões de reforma.

Para os restantes trabalhadores mantém-se a reforma aos 62 anos, decidida pelo anterior poder, mas o Governo socialista anunciou que vai reunir com os parceiros sociais, em julho, com o objetivo de permitir também a reforma a partir dos 60 anos aos assalariados empregados em funções mais duras e penosas.

Regresso do imposto sobre as grandes fortunas

Depois das eleições legislativas, o novo Governo deverá igualmente elaborar um Orçamento Retificativo que incluirá uma reforma da política fiscal com, designadamente, o regresso da antiga barra menos elevada do imposto sobre as grandes fortunas – cerca de 300 mil contribuintes, até agora isentos desse imposto, passarão a pagar mais.

O Executivo de Jean-Marc Ayrault também não exclui decretar o controlo dos preços dos combustíveis se estes voltarem a subir nos próximos tempos.

O novo Governo, composto por 34 ministros, entre eles 17 mulheres, quatro descendentes de imigrantes (Espanha, Argélia e Marrocos), três dos territórios ultramarinos e uma ecologista, aposta numa vitória da esquerda, com maioria absoluta nas legislativas.

Daniel Ribeiro (Rede Expresso)
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