Francisco Neto diz que organização será arma contra Alemanha em Faro

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“Mais do que aquilo que Portugal pode fazer, é o que tem de fazer, se quer algo bonito no São Luís. Acima de tudo, tem de ser muito coletivo, tem de ser muito organizado e tem de ter muita capacidade de superação”, explicou o Francisco Neto, de 40 anos, na antevisão à partida marcada para o Estádio de São Luís, às 18:00. 

A Alemanha lidera o Grupo H da fase de qualificação europeia, com 15 pontos, mais dois do que Portugal, que ainda não perdeu em cinco jogos e leva quatro triunfos consecutivos. 

Depois da goleada de quinta-feira a Israel (4-0), em Portimão, Portugal sabe que “não vai ter” tanta posse de bola, mas, para o selecionador, a preparação para o jogo também visou a organização ofensiva. 

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“Se só nos focarmos na nossa organização defensiva – que tem de ser muito boa, perfeita e nos ‘timings’ certos –, mas depois, quando ganhamos a bola, não a conseguirmos manter, não conseguirmos ter bola, não conseguirmos retirar a bola à Alemanha, vamos sofrer muito durante 90 minutos”, salientou. 

No historial de confrontos entre os dois países, a equipa germânica, terceira do ‘ranking’ da FIFA, somou quatro goleadas em quatro jogos, sendo o 13-0 de 2003 o pior resultado de sempre de Portugal. 

O selecionador acredita que o historial recente das portuguesas impõe mais respeito à “superpoderosa” Alemanha, que regista, desde a derrota de outubro de 2017, com a Islândia (3-2), 19 triunfos seguidos em jogos de qualificação para Europeus e Mundiais. 

“Temos vindo a ganhar o respeito dos nossos adversários e isso poderá fazer-se sentir até em função do que formos capazes de fazer em campo, principalmente, nos períodos iniciais. A Alemanha tem entrado sempre muito forte nos jogos e se nós conseguirmos fazer coisas boas logo de início, iremos ganhar esse respeito e iremos conseguir estar mais dentro do jogo”, frisou. 

Os recentes confrontos “contra equipas de topo”, acrescentou, têm permitido a Portugal acreditar no seu valor e no processo que tem vindo a ser implementado desde que assumiu o cargo, em 2014. 

“Será um momento importante para percebermos, enquanto equipa, o ponto em que estamos e o que temos de continuar a fazer para crescer”, apontou Francisco Neto, que contra Israel celebrou o jogo 100 no comando técnico da seleção feminina. 

O selecionador não revelou se vai haver alterações no ‘onze’, afirmando que o principal foco que tem sido passado às jogadoras é a manutenção da identidade da equipa. 

“Temos todas as jogadoras disponíveis. Queremos, acima de tudo, não perder a nossa identidade, sermos esta equipa disponível e coletiva, em qualquer momento do jogo, e termos capacidade de superação, tanto a atacar como a defender”, finalizou. 

A seleção portuguesa de futebol feminino procura a sua primeira presença em fases finais de Mundiais. Em 2023, a organização da competição será partilhada entre Austrália e Nova Zelândia. 

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