G20: Canadá “chumba” taxa bancária proposta por europeus

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O Canadá, anfitrião da cimeira do Grupo das 20 maiores economias mundiais (G20) que hoje começa em Toronto, pressionará por uma política de redução do défice e afirma-se descrente na aprovação da taxa bancária proposta por países europeus.

Ao final do dia de hoje, os chefes de Estado das oito maiores potências que estavam já no país a participar na cimeira do G8, juntam-se em Toronto aos restantes os representantes do G20.

O programa do G20 prevê domingo como único dia de trabalhos, à parte dos encontros bilaterais informais, dado que esta noite os delegados serão presenteados pelo primeiro ministro canadiano, Stephen Harper, com um jantar de receção.

O fórum, que reúne representantes dos 20 principais países ricos e países emergentes, irá dedicar-se à análise da saída da crise económica internacional, mas terá dificuldade em encontrar um consenso sobre o rumo a tomar.

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O Canadá deu sinais sobre as medidas em que se irá empenhar para ver aprovadas, tendo o seu ministro federal das Finanças deixado já o aviso de que “é “evidente que [da cimeira] não resultará uma solução que sirva a todos”.

Otava preconiza que os países devem dar prioridade a uma política de redução dos défices, a fim evitar as dificuldades sentidas nos últimos meses na Europa por países como a Grécia e que se repercutiram no sistema financeiro mundial.

Quanto à ideia defendida por países como a Alemanha, França e Reino Unido para a criação de uma taxa a ser aplicada a transações bancárias, Jim Flaherty expressou firme oposição.

“A questão nª. 1 na reforma financeira não é uma taxa bancária”, asseverou o ministro, num encontro com jornalistas.

“Avançará uma taxa bancária global? Não. Porque a maioria dos países do G20 não a querem”, acrescentou.

Outros países apresentarão no G20 soluções diferentes, como o caso do presidente dos EUA, Barack Obama, que sublinha que caminho não deve sacrificar os pacotes de estímulo à economia e comprometer o crescimento, sob pena de se poder manter o ciclo recessivo.

Por sua vez, a União Europeia dá o enfoque ao seu plano de reforma do mercado financeiro seguir em frente.

Já antes de começar, a cimeira do G20 tem estado a ser alvo de um coro de protestos por parte de milhares de manifestantes que, desde a tarde de sexta-feira, percorreram ruas centrais na cidade de Toronto, chegando a aproximar-se do perímetro de alta segurança para o centro de congresso onde decorrerá a reunião.

Apesar de os protestos serem maioritariamente pacíficos, em casos esporádicos as forças policiais intervieram para conter alguns manifestantes.

Aguardam-se mais manifestações contra o G20 durante o fim-de-semana.

EF

Lusa/JA

***Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

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