Garantia mútua ganha cada vez mais força

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Numa altura em que os apoios comunitários começam a ser cada vez mais escassos, fazendo com que qualquer empresário necessite de mais crédito bancário para iniciar a sua atividade, as sociedades de garantia mútua começam a ganhar mais força, já que facilitam a obtenção desses mesmos créditos.


É o caso da Agrogarante, que apoia, através de um sistema privado e de cariz mutualista, pequenas e médias empresas que necessitam de financiamento para projetos agrícolas, agroindustriais ou florestais.

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Este ano, até outubro, a Agrogarante já tinha emitido 1648 garantias (46 no Algarve), que representaram cerca de 119 milhões de euros (mais de 2,5 milhões no Algarve), aproximando-se cada vez mais das 2232 emitidas durante todo o ano de 2017 (69 no Algarve), que representaram um montante de 138,5 milhões de euros (3,4 milhões de euros na região algarvia), explicou o diretor comercial da entidade, Artur Mendes, na última semana, durante o fórum “Conversas de Agricultura” realizado em Faro e organizado por aquela entidade.


José Graça, que representou a Direção Regional da Agricultura e Pescas na iniciativa, considerou mesmo que “numa altura em que não se sabe qual será o futuro da política agrícola da UE, estes mecanismos diretos terão maior expressão no futuro, por isso, esta iniciativa é oportuna” e defendeu que este sistema “pode e deve ser mais potenciado na agricultura algarvia”.


Aquele responsável recordou que “já não há muito dinheiro [de fundos comunitários] para os próximos três anos” e que “ninguém sabe qual será o futuro dos apoios no próximo quadro comunitário”. No mesmo sentido, explicou que “restam apenas 19% por executar [do total definido para este quadro comunitário]”, que “parte destes já estão comprometidos” e que apesar dessas dúvidas “já se sabe que cada vez haverá menos apoio ao investimento”.


Durante o evento, o administrador executivo da Agrogarante, Carlos Oliveira, e a presidente do Conselho de Administração da Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua (SPGM), Beatriz Freitas, explicaram o funcionamento deste sistema. Refira-se que a SPGM é a “holding” estatal que gere o sistema nacional de garantia mútua, a qual integra quatro sociedades, por setores de atividade, entre as quais a Agrogarante.


A garantia mútua é um sistema privado e de cariz mutualista de apoio às PME que se traduz, fundamentalmente, na “prestação de garantias financeiras para facilitar a obtenção de crédito em condições de preço e prazo adequadas aos seus investimentos e ciclos de atividade”.


“Nós não emprestamos dinheiro. Garantimos financiamento bancário. Fornecemos soluções rápidas aos empresários. Temos um compromisso permanente com a inovação para poder responder aos vossos anseios”, sublinhou José Fernando Figueiredo, presidente do Conselho de Administração da Agrogarante, na sessão de encerramento da iniciativa.


Aquele responsável considerou que “vale a pena ter esse apoio [garantia mútua], porque as empresa vão criar emprego e vão gerar riqueza à sua volta. O resultado macroeconómico é positivo para todos”. No mesmo sentido, acrescentou que “é importante continuar a ter soluções para o investimento” e que a função da garantia mútua é a de “ajudar quem é capaz e quem tem ideias”.

(Reportagem completa na edição semanal e em papel do Jornal do Algarve da próxima quinta-feira, 20 de dezembro, com depoimentos de empresários algarvios sobre a situação do setor primário na região) 

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