Os dois elementos da GNR de Loulé suspeitos de terem obrigado uma prostituta a fazer-lhe continência vão ser alvo de processos disciplinares e foram transferidos preventivamente para o comando de Faro, anunciou hoje a instituição.
Em comunicado enviado à redação do JORNAL DO ALGARVE, o comando da GNR salienta que “ambos os militares vão desempenhar funções que não implicam o contacto com o cidadão, uma vez que a sua presença na área onde os factos serão investigados é considerada incompatível com o decoro, a disciplina e a boa ordem do serviço”.
Esta polémica nasceu depois de uma notícia publicada ontem, no Correio da Manhã, a qual alude a um vídeo que circula nas redes sociais. O comando da GNR veio logo a público informar que “não se revê, nem tolera a adoção deste tipo de conduta, a qual é contrária aos padrões de atuação dos seus militares e aos princípios fundamentais que norteiam a sua qualidade de agentes de força pública e órgãos de polícia criminal”.
“Tal comportamento cívico desvia-se de uma atuação que se exige, em todas as circunstâncias, íntegra e profissionalmente competente”, remata a GNR, frisando que irá “continuar a pugnar pela erradicação deste tipo de atos, embora consciente de que se trata de um caso isolado e, por isso, não representativo dos cerca de 23.000 mulheres e homens que, diariamente, fazem da GNR uma instituição prestigiada, de referência e em quem os portugueses continuam a confiar”.