Golpe militar no Egito

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O Presidente Mohamed Morsi foi afastado do poder pelos militares. O poder foi entregue ao Presidente do Supremo Tribunal Constitucional.

Mohamed Morsi foi afastado da presidência do Egito. O anúncio foi feito pelo chefe de Estado do Exército, num comunicado lido em direto na televisão, três horas após ter terminado o ultimato dado ao Presidente para chegar a acordo com a oposição.

Ladeado por líderes militares e religiosos, Abdul Fatah Khalil al-Sisi anunciou a suspensão temporária da Constituição e a transferência da presidência do país, a título interino, para o Presidente do Supremo Tribunal Constitucional, Adli Mansour, até à realização de eleições presidenciais.

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Entretanto, será formado um Governo de coligação, bem como um comité para emendar os artigos da Constituição mais polémicos.

“Espero que este plano seja o ponto de partida para um recomeço da revolução de 25 de janeiro”, reagiu Mohamed ElBaradei, em nome da Frente de Salvação Nacional, a principal coligação da oposição.

Festa na Praça Tahrir

“As Forças Armadas ficarão sempre fora da política”, afirmou ainda o general Al-Sisi. “O povo egípcio apelou às Forças Armadas para que cumpra os objetivos da revolução.”

O militar apelou ao povo egípcio para que não recorra à violência. Momentos antes da comunicação ao país, veículos militares tomaram posições em vários pontos do Cairo, especialmente nas áreas onde estavam concentrados milhares de egípcios, uns críticos de Morsi (na Praça Tahrir) e outros partidários do Presidente (Nasr City).

Militante da Irmandade Muçulmana, Mohamed Morsi foi eleito Presidente do Egito a 17 de junho de 2012 com 52% dos votos.

Margarida Mota (Rede Expresso)
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