Governo dá luz verde às escolas para completarem horários

São cerca de cinco mil docentes que por terem recusado horários anteriormente podem agora voltar a candidatar-se

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O Ministério da Educação anunciou esta quarta-feira que vai autorizar que as escolas das zonas onde existe uma maior carência de professores completem os horários disponíveis e que cerca de cinco mil docentes que recusaram horários voltem a concorrer.

A medida foi comunicada aos sindicatos do setor na primeira reunião com a nova equipa ministerial, e em comunicado o Ministério da Educação explica que entra em vigor ainda durante o 3.º período letivo.

Segundo a tutela, as escolas vão poder completar horários incompletos, por exemplo, com atividades de apoio aos alunos ou aulas de compensação, nas disciplinas em que as dificuldades de substituição são maiores.

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Esta possibilidade destina-se aos estabelecimentos de ensino das zonas onde mais faltam professores, designadamente nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.

Para responder a este problema, o Ministério da Educação anunciou também que vai permitir que os professores impedidos de se candidatarem aos horários existentes o possam voltar a fazer.

São cerca de cinco mil docentes que por terem recusado horários anteriormente podem agora voltar a candidatar-se, segundo a tutela.

Para os sindicatos, são medidas positivas que irão permitir dar uma resposta imediata aos alunos sem aulas por não terem ainda todos os professores.

“Na verdade, esses professores estão a ser desperdiçados”, disse o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores, Mário Nogueira, no final da reunião, acrescentando que quanto a medidas de médio prazo espera ver cumpridas as intenções do novo ministro.

Também João Dias da Silva, da Federação Nacional da Educação, sublinhou que se trata de “medidas concretas e imediatas para fazer com que haja mais professores para responder às necessidades de final do ano letivo”.

Na reunião, que de acordo com o Ministério da Educação serviu essencialmente para apresentar a nova equipa ministerial e apresentar as prioridades do Governo, João Costa comunicou também aos sindicatos outras medidas que espera poder vir a implementar.

Em concreto, refere a alteração no próximo ano letivo das condições de renovação dos contratos de professores, permitindo uma maior estabilidade, a regulamentação da mobilidade por doença e a revisão das habilitações para a docência.

O Ministério pretende também rever o modelo de recrutamento, como tinha sido já avançado pelo anterior executivo, de forma a potenciar a vinculação mais rápida, e rever os modelos de formação inicial de professores, com o reforço dos estágios, que serão remunerados, e a atualização cientifico-pedagógica de professores que pretendam regressar à carreira.

Algumas destas medidas vão voltar a ser discutidas com as estruturas sindicais em negociações que deverão começar depois de aprovado o Orçamento do Estado para 2022.

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