Partido de extrema-direita poderá ser ilegalizado em sequência da onda de protestos desencadeada pelo assassinato de um ‘rapper’ grego antifascista.
O ministro da Ordem Pública e da Proteção dos Cidadãos, Nikos Dendias, cancelou uma viagem ao estrangeiro e declarou que o Governo irá avançar com legislação de emergência para ilegalizar a Aurora Dourada, após o assassinato do rapper antifascista Pavlos Fyssas, esfaqueado por um individuo que terá admitido a sua ligação ao partido de extrema direita.
O funeral do rapper de 34 anos decorreu ontem entre um ambiente de medo, fúria e consternação. E a sua morte deu origem a diversas manifestações antifascistas em diversos pontos da Grécia, algumas das quais acabaram em confrontos com a polícia.
Depois do assassinato ter sido condenado por partidos dos vários quadrantes políticos gregos, a Aurora Dourada negou ter qualquer ligação ao sucedido.
Anteriormente os atos de violência associados à Aurora Dourada tinham sobretudo como alvo os imigrantes.
Num contexto de crise, a Aurora Dourada conseguiu aumentar a sua popularidade, com um discurso contra a austeridade, desemprego e a imigração, tendo atualmente uma representação de 18 deputados no Parlamento grego.