Governo tenta fechar hoje cortes para 2015

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Obrigado a prestar a contas ao FMI até à próxima terça-feira, para fechar a 11ª avaliação, o conselho de ministros tenta fechar esta quinta-feira as medidas de redução de despesa que permitam cumprir as metas do défice para 2015.

A convocação de um conselho de ministros extraordinário não está excluída caso o trabalho não fique concluído. Se o conseguirem, o anúncio das medidas pode ser feito no habitual “briefing” do conselho de hoje que discute, uma vez mais, o documento de estratégia orçamental (DEO).

Fonte próxima do primeiro-ministro não quis concretizar quais as medidas que vão ser divulgadas, mas em cima da mesa estão mais cortes nas despesas dos ministérios, com a Segurança Social, Economia e Educação a garantirem poupanças acima de 800 milhões de euros. Só a Segurança Social poupará, ao que o Expresso apurou, perto de 600 milhões.

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Pires de Lima versus Moreira da Silva

Como Passos Coelho já garantiu, não estão causa cortes nos rendimentos ou prestações sociais, mas sim poupanças decorrentes de rescisões de funcionários, fusões de serviços, racionalização de vários consumos intermédios.

A aplicação de novas taxas aos setores das telecomunicações, banca, seguros, grande distribuição e PPP esteve em cima do último conselho de ministros e gerou uma acesa discussão entre Pires de Lima e Jorge Moreira da Silva.

O ministro da Economia opõe-se frontalmente a taxar as telecomunicações, mas o do Ambiente prepara-se para reforçar a taxa aplicada no passado sobre o setor energético e defende que o exemplo deve ser replicado noutros setores protegidos da economia.

Em 2015, Portugal está obrigado pela troika a baixar o défice de 4% para 2,5% e isso, tal como anunciou Marques Mendes na SIC, vai obrigar a cortes da ordem dos 1,7 mil milhões de euros.

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