As forças ucranianas estão a ultimar preparativos para cercar os últimos redutos dos separatistas russos, Donetsk e Luhansk, depois de terem conquistado Sloviansk e Kramatorsk no último sábado.
Considerada pelo Presidente ucraniano Petro Poroshenko como “um ponto de viragem”, a vitória em Sloviansk, uma cidade de grande importânia estratégica neste conflito, impele agora as forças ucranianas à conquista de Donetsk e Luhansk.
Mykhaylo Koval, especialista em segurança ucraniano, diz que “há um claro plano estratégico focado em dois grandes centros regionais: Luhansk e Donetsk. Estas cidades serão completamente bloqueadas”.
Os rebeldes argumentam que a sua retirada é “estratégica”, mas preparam-se para lutar até ao fim em Donetsk, cidade tida como a capital da auto-proclamada República Popular de Donetsk. Igor Strelkov, ministro da defesa deste território rebelde, prometeu uma defesa ativa contra as tropas ucranianas, acrescentando que Donetsk “é muito mais fácil de defender do que a pequena Slaviansk”.
Os rebeldes já rebentaram com várias pontes em vias de acesso a Donetsk, visando atrasar o avanço das forças governamentais
Com uma grande milícia de separatistas bastante armados e uma população de quase um milhão de civis, Donetsk promete ser um desafio complicado para Poroshenko. O Presidente provavelmente não avançará com ataques de artilharia ou bombardeamentos aéreos pelo risco que estas medidas podem trazer à população civil.
Rinat Akhmetov, o homem mais rico da Ucrânia e natural de Donetsk, fez um comunicado público, pedindo a Poroshenko alguma contenção na ação do exército, pelo que “devem evitar o sofrimento e morte de pessoas pacíficas”.
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