Guilherme Oliveira perde título em Portimão após acidente

O jovem piloto passou pelas 'boxes' e, à saída, acabou por não conseguir evitar o choque do seu Ligier Nissan com o carro da Oman Racing

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O piloto português Guilherme Oliveira manifestou “muita frustração” pela perda do título de LMP3 nas European Le Mans Series (ELMS), depois de ter sofrido um acidente nos minutos finais das 4 Horas de Portimão, no domingo.

“É difícil. Acho que não há palavras para descrever como me sinto agora. Muita frustração. Sinto que não podíamos ter feito nada de melhor hoje, é o que é. Às vezes, quando não é para ser não é para ser mesmo. Tivemos uma corrida muito azarada”, disse, após a corrida, o jovem de 17 anos.

A Inter Europol Competition, que integra também o norte-americano Charles Crews e o chileno Nico Pino, precisava de ser sexta classificada no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, para conseguir o título da classe LMP3, mas, a cerca de 10 minutos do final, um acidente acabou por determinar um final cruel para as aspirações do piloto português.

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Depois de mais de duas horas na liderança da prova, com Crews na condução, e uma terceira hora com alguns sobressaltos, Guilherme Oliveira assumiu o último turno à entrada para a quarta e última hora e ocupava o terceiro lugar quando teve um furo.

“Quando entrei no carro, o carro tinha bastantes danos. A equipa tomou a decisão de ir com os pneus que já tinham uma hora feita. Eu fui com esses pneus e, infelizmente, tivemos um furo a 11 minutos do fim. São decisões, umas correm bem, outras correm mal”, explicou.

O jovem piloto passou pelas ‘boxes’ e, à saída, acabou por não conseguir evitar o choque do seu Ligier Nissan com o carro da Oman Racing, no qual alinha o português Henrique Chaves.

O acidente impediu as duas equipas de concluírem as 4 Horas de Portimão, ficando marcada a imagem de desalento do português junto ao seu veículo, deitado no chão a lamentar-se.

“Infelizmente, acho que alguma coisa aconteceu no ‘pitstop’ ou a roda ficou desapertada, mas eu não tinha direção. Por isso, não consegui evitar o toque”, justificou.

A vitória nas 4 Horas de Portimão na classe LMP3 e também no campeonato de resistência pertenceu à Cool Racing, do dinamarquês Malthe Jakobsen, do britânico Michael Benham e do norte-americano Maurice Smith.

Ainda com apenas 17 anos e apesar da desilusão pelo resultado final, numa época de ELMS em que venceu três corridas, Guilherme Oliveira disse ter “consciência absoluta” de que ainda tem muito pela frente no automobilismo e que “melhores dias virão”.

“Tenho de agradecer à equipa por todo o trabalho que fizeram ao longo destas seis corridas. Ganhámos três, podíamos ter ganhado muito mais. O desporto automóvel é assim, temos de levantar a cabeça e olhar para o próximo ano. Isto dá-me mais força. Não vamos desistir, vamos já começar a trabalhar a partir de amanhã [segunda-feira] a época de 2023. Por isso, cabeça erguida e vamos ao ataque”, concluiu.

A prova algarvia foi vencida pelo Prema do italiano Lorenzo Colombo, do suíço Louis Deletraz e do austríaco Ferdinand Habsburg, que se sagraram campeões da LMP2.

O português Miguel Cristóvão, da equipa Eurointernational, em Ligier Nissan, concluiu no nono lugar na classe LMP3.

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