Guiões pedagógicos chegam às escolas a partir deste mês

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Professores e alunos das escolas do 1.º ao 3.º ciclo do ensino básico vão ter um novo instrumento de trabalho a partir deste mês: guiões pedagógicos para dinamização de atividades sobre educação financeira.

A secretária geral da Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC) disse à agência Lusa que o documento está “praticamente concluído”, tendo o Ministério da Educação, entidade parceira no projeto, assumido o compromisso de ajudar à divulgação dos guiões a partir de novembro.

“Há um interesse crescente por parte das escolas e dos professores em lecionar estas matérias, até pela conjuntura económica recessiva que estamos a viver. É importante percebermos como podemos ter uma relação mais equilibrada e positiva com o dinheiro”, afirmou Susana Albuquerque.

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Os guiões destinam-se aos docentes, que “devem ser os agentes da mudança em relação ao aumento da literacia financeira”, mas contam com um conjunto de atividades que podem ser dinamizadas diretamente pelos alunos.

“Consistem no desenvolvimento de competências como gerir um orçamento, gastar, poupar, investir, desenvolver espírito de iniciativa, aprender a falar sobre dinheiro, saber fazer as perguntas certas no banco, por exemplo, através de atividades experimentais”, explicou.

A Educação Financeira é uma das matérias que pode ser abordada durante o ano letivo na Educação para a Cidadania, não sendo, no entanto, obrigatória.

“A ideia é facilitar que no âmbito da Educação para a Cidadania se faça Educação Financeira, especialmente no momento em que vivemos, quando as famílias já estão a fazer sacrifícios e lhes estão a ser pedidos ainda mais sacrifícios”, afirmou.

Susana Albuquerque defende que a Educação Financeira deveria ser uma disciplina autónoma, mas tendo em conta o tempo que demoraria uma reforma curricular, a ASFAC decidiu avançar com o que estava ao seu alcance.

“A área financeira é tão especializada e tão complexa que todos precisamos de formação. Ouvimos todos os dias falar de conceitos financeiros que não são necessariamente óbvios para toda a gente. A isto há a acrescentar que a nossa relação com o dinheiro é muito mais emocional do que racional”, defendeu.

A ASFAC vai no próximo ano formar formadores de Educação Financeira e em março realiza a I Conferência Nacional de Educação Financeira, dirigida a professores.

AL/JA

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