Há centenas de milhares de refugiados na Líbia a aguardar partida para a Europa

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O ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, declarou esta quinta-feira de manhã que cerca de 800 mil refugiados e migrantes estão na Líbia à espera de poderem atravessar o Mediterrâneo e assim entrarem na Europa.

Em entrevista à rádio Europe 1, Le Drian disse que “centenas de milhares” de pessoas estão na Líbia após terem fugido de guerras e de pobreza no Médio Oriente e “noutras partes” do mundo, considerando que o balanço de 800 mil é um valor “razoavelmente certo”.

Em 2015, mais de um milhão de requerentes de asilo entraram na Europa, cerca de metade deles sírios, com a Alemanha a acolher a maior parte, precisamente o equivalente ao total de pessoas que, segundo Le Drian, aguardam neste momento na Líbia para poderem partir para a União Europeia.

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Neste momento haverá entre 4 e 5 mil militantes do autoproclamado Estado Islâmico (Daesh) instalados na Líbia, avançou ainda o governante francês, apontando esse facto e as redes de tráfico humano e de tráfico de armas como os três grandes perigos que têm de ser combatidos no país em ruínas.

A Líbia está mergulhada no caos e numa guerra de várias frentes entre distintos grupos étnicos e políticos desde a deposição de Muammar Kadhafi em 2011. Os conflitos internos estão entretanto a alastrar a países vizinhos como a Tunísia, muito por culpa da atuação do Daesh na região.

Há cerca de uma semana, pouco antes de os líderes europeus alcançarem um controverso acordo de repatrição de refugiados com a Turquia, David Cameron causou a fúria de organizações não-governamentais e de vários políticos ao sugerir que os requerentes de asilo que cheguem à UE devem ser igualmente recambiados para a Líbia, onde correm risco de vida e de violações de direitos humanos.

Joana Azevedo Viana (Rede Expresso)

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