Há meio milhão de portugueses analfabetos

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Taxa de analfabetismo caiu para quase metade em dez anos, mas continua a ser o valor mais alto da Europa

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Cerca de 500 mil portugueses não sabem ler nem escrever, segundo os resultados definitivos do Censos 2011. A taxa de analfabetismo caiu de 9% para 5,2% na última década, uma diminuição acentuada, que ainda assim não é suficiente para tirar Portugal do último lugar da tabela a nível europeu.

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Realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os resultados do Censos 2011 refletem o progresso registado ao nível das qualificações. Em apenas dez anos, o número de portugueses com mais de 23 anos com ensino superior quase duplicou (passou de 9% para 15%). Entre os licenciados, 60% são mulheres.

Metade da população com 15 ou mais anos concluiu, pelo menos, o 9º ano de escolaridade, o que representa um aumento de 12 pontos percentuais em relação a 2001. Lisboa e Algarve apresentam os maiores níveis de qualificação da população, com 60,4% e 52,7%, respetivamente.

De acordo com os dados do INE, a maioria (52%) da população é economicamente inativa, sendo que os reformados já representam 22% dos portugueses. Não é de estranhar, tendo em conta o envelhecimento da população, que se acentuou na última década: o número de idosos com 70 ou mais anos cresceu 26% e a idade média da população subiu dos 39 para os 42 anos.

A dimensão média das famílias reflete a quebra da natalidade, tendo passado de 2,8 para 2,6 pessoas. A alteração do modelo de organização familiar é notória, com um crescimento de 36% registado ao nível das famílias monoparentais em apenas dez anos.

Como já indicavam os resultados preliminares do Censos, apresentados no ano passado, a população portuguesa cresceu 2% desde 2001 (para 10.562.178), uma subida muito ligeira, conseguida quase exclusivamente à custa do saldo migratório.

O número de estrangeiros a residir em Portugal subiu quase 70%, sendo que as maiores comunidades são a brasileira (28%), cabo-verdiana (10%) e ucraniana (9%). A comunidade angolana, que em 2001 ocupava o primeiro lugar, está agora em 4º.

Joana Pereira Bastos (Rede Expresso)

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