Há seis anos que não morriam tantas pessoas nas estradas algarvias

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2018 caminha a passos largos para ser um dos anos mais sangrentos da década nas estradas do Algarve. O ano ainda não acabou, mas as 38 vítimas mortais deste ano já representam o pior registo dos últimos seis anos. Os números da Segurança Rodoviária mostram que, apesar de o Algarve ter melhorado ao longo das últimas décadas, há que contabilizar 1.163 mortes desde o início do milénio. É um cemitério cheio de vítimas…! Afinal, como reagiria o país se quatro aviões da TAP se despenhassem sobre o Algarve e morressem mais de mil pessoas? Entrava em estado de choque!

Maria, Óscar, João, Filomena, Magali, Orlando, António… A interminável lista de vítimas das estradas algarvias não pára de engrossar. São famílias desfeitas, vidas interrompidas de jovens que mal chegaram a viver, crianças que perderam os pais e pais que ficaram sem os filhos, enfim, é um cemitério de vidas ceifadas, a maioria por estupidez ou crime. Uma enorme tragédia que não tem fim…!

 O JORNAL DO ALGARVE fez as contas e apurou que, desde o início do novo milénio (ano 2000) e até à semana passada, já morreram 1.163 pessoas nas estradas da região. É o equivalente a quatro grandes aviões da TAP completamente cheios de passageiros. E o país certamente ficaria horrorizado com uma tragédia dessas…! E exigiria responsabilidades, caso houvesse justificação para isso.

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Pois, a questão é que as 1.163 mortes registadas pelas autoridades nas estradas algarvias, nos últimos 18 anos, foram repartidas no tempo e, por isso, o choque é menor. Porém, esta é a triste realidade dos números, que revelam uma carnificina sem fim nas estradas da região.

O último grande acidente rodoviário na região ocorreu no passado dia 30 de novembro, quando um camião tombou sobre um carro onde seguia um casal de idosos que vivia em Monchique, junto à estrada que dá acesso à Via do Infante, em Portimão. António Serrão Nunes, de 75 anos, faleceu no local, enquanto a mulher, Maria Jesus Serrão, de 73, ainda foi transportada para o hospital, mas também não sobreviveu aos ferimentos.

Uma dezena de mortes só no último mês

Na semana anterior, dois homens e uma mulher também morreram em acidentes nas estradas algarvias, em Aljezur e Tavira.

 Outro acidente grave aconteceu a 17 de novembro, quando dois homens morreram e outro ficou ferido, na sequência de um acidente com um veículo pesado de recolha de lixo na EN122, no concelho de Castro Marim.

No dia anterior, uma colisão na EN267, no concelho de Monchique, envolvendo um motociclo e uma viatura de mercadorias, provocou igualmente a morte de um homem de 28 anos. E, dias antes, uma colisão entre três veículos na EN125, no concelho de Lagoa, matou um jovem de 20 anos e feriu ainda nove pessoas.

Igualmente grave foi o acidente que resultou na morte de um homem, também na EN125, junto ao Hospital de Portimão, que ficou carbonizado na sequência de uma colisão entre um camião e uma carrinha.

Foto: Nuno Couto/Jornal do Algarve

Ou seja, em apenas um mês, faleceram dez pessoas em acidentes de viação no Algarve…!

 Mais 11 mortes em relação ao ano passado

Ao todo, os acidentes nas estradas algarvias provocaram 38 mortos nos primeiros onze meses do ano, mais onze do que em igual período de 2017 e mais oito do que no total do ano passado, indica a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR)…

(REPORTAGEM COMPLETA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DO ALGARVE – NAS BANCAS A PARTIR DE 13 DE DEZEMBRO)

Nuno Couto|Jornal do Algarve

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