Como se deslocavam os algarvios e os turistas antes da conclusão da Via do Infante? Horas perdidas no trânsito, numa estrada nacional ou secundária perigosa, com o número de mortes a ultrapassar largamente a centena todos os anos. Depois da conclusão da autoestrada, em 2003, e mesmo depois da introdução das portagens, em 2011, a mortalidade nas estradas da região desceu a pique. Mesmo assim, nos últimos quinze anos, já morreram perto de 700 pessoas em acidentes de viação no Algarve
Faz quinze anos que a Via do Infante (A22) ficou completa, com a inauguração “histórica” dos últimos dois troços, de Silves até Lagoa (em fevereiro de 2003) e de Lagoa até Lagos (abril de 2003), num total de mais de 60 quilómetros. Até então, a maior parte da Via do Infante não era considerada uma autoestrada, mas sim uma via rápida com perfil transversal de autoestrada, similar a um itinerário complementar (IC).
Mas, para conhecer melhor a história da autoestrada que liga Lagos a Castro Marim/Vila Real de Santo António, numa extensão de 140 quilómetros, é preciso recuar a agosto de 1991, quando foi inaugurado o primeiro troço, juntamente com a ponte internacional do Guadiana. Nos dois anos seguintes, mais de metade do percurso ficou pronto, com a inauguração, em dezembro de 1992, do troço que liga Faro a Vila Real de Santo António (75 quilómetros).
Depois, o trajeto foi crescendo lentamente e aos soluços e só mais tarde, em 1998, é que a A22 chegou a Alcantarilha. E foi preciso esperar ainda mais cinco anos para que a obra chegasse até Lagos e ficasse finalmente completa…!
Benefícios para a mobilidade e o turismo
Apesar do atraso de mais de uma década, tratou-se de um avanço significativo em termos de mobilidade para a região, assim como para o incremento do turismo, numa época em que a única alternativa para atravessar o Algarve era a estrada nacional 125, também conhecida como a “estrada da morte”, devido à elevada sinistralidade…
(NOTÍCIA COMPLETA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DO ALGARVE – NAS BANCAS A PARTIR DE 20 DE SETEMBRO)
Nuno Couto|Jornal do Algarve