Hamas diz que trégua em Gaza foi adiada

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Militares israelitas aguardam junto à fronteira norte da Faixa de Gaza que seja ordenada a invasão terrestre

A decisão sobre um cessar-fogo foi adiada, pelo menos, até esta quarta-feira, por falta de uma resposta de Israel. Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton deslocou-se ao Médio Oriente para pressionar um “resultado duradouro” que promova a estabilidade, em mais um dia de ofensiva sangrenta na Faixa de Gaza

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Um líder sénior do movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, afirmou que os esforços para chegar à trégua foram adiados, uma vez que Israel ainda precisa responder a propostas, noticia a agência “Reuters”, precisando que, pelo menos, até amanhã não haverá cessar-fogo.

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“O lado israelita ainda não respondeu, por isso não vamos realizar uma entrevista coletiva para a imprensa esta noite e precisaremos esperar até amanhã”, disse Ezzat al-Rishq à “Reuters”.

Hoje os ataques de Israel continuaram, somando o sétimo dia da ofensiva na Faixa de Gaza. Morreram 26 palestinianos e dois israelitas, segundo a AFP.

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, chegou hoje a Israel para uma visita de emergência destinada a tentar terminar com uma semana de violência entre Israel e os militantes do movimento radical palestiniano Hamas.

Hillary Clinton, disse hoje que os EUA estão a pressionar para um “resultado duradouro” que promova a estabilidade, depois da ofensiva israelita sobre a Faixa de Gaza.

Primeiro-ministro israelita deixa ameaça no ar

Clinton falava ao lado do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, depois de se ter deslocado à região com caráter de urgência para ajudar a estabelecer um cessar-fogo, depois de uma semana de confrontos entre israelitas e palestinianos.

A secretária de Estado afirmou que “o objetivo deve ser um resultado duradouro que promova a estabilidade regional, tal como a segurança e as aspirações legítimas de israelitas e palestinianos”.

Por seu turno, Netanyahu disse que Israel recebe bem uma solução diplomática para a crise, mas ameaçou como mais atividade militar, dizendo que está preparado para “qualquer ação” que seja necessária.

O conflito está a ser mediado pelo Egito que tenta encontrar uma solução pela via diplomática.

Armas iranianas nos ataques contra Israel

Entretanto, o chefe da Jihad Islâmica, Ramadan Abdallah Chellah, admitiu hoje, em declarações à televisão Al-Jazeera, que os grupos palestinianos da Faixa de Gaza estão a usar armas iranianas nos ataques contra Israel.

“As armas da resistência hoje na Palestina são essencialmente de origem iraniana, são armas iranianas ou adquiridas com financiamento iraniano”, afirmou Chellah, conhecido pelas suas relações próximas com a República Islâmica do Irão, durante uma entrevista à cadeia de televisão Al-Jazeera.

“Toda a gente sabe isto. Não é segredo”, insistiu, sem especificar o tipo de armas iranianas de que dispõem os grupos armados na Faixa de Gaza ou como é que foram entregues.

O Presidente israelita, Shimon Peres, acusou na segunda-feira o Irão de encorajar o movimento palestiniano Hamas a continuar a bombardear Israel, mais do que a procurar um cessar-fogo, e de lhe ter fornecido os mísseis Fajr-5 disparados contra o território do Estado hebreu nos últimos dias.

(Rede Expresso)

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