Hamas recusa proposta de Israel para estender trégua

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Israel mostrou-se esta quarta-feira disponível para estender a trégua de 72 horas, enquanto decorrem as negociações no Cairo com vista a um cessar-fogo permanente, no entanto, o grupo islâmico Hamas recusou a proposta.

Moussa Abu Marzouk, membro da delegação palestiniana no Egito escreveu no Twitter: “Não há acordo para estender o cessar-fogo”.

O porta-voz do Hamas em Gaza garantiu que essa hipótese nem chegou a ser discutida com o grupo hoje no Cairo. “Estender as 72 horas para um cessar-fogo prolongado nem foi discutido hoje com o Hamas”, disse Sami Abu Zuhri, citado pela BBC. A delegação palestiniana inclui representantes da Autoridade Palestiniana, do Hamas e da Jihad Islâmica.

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O Presidente norte-americano também já tinha apelado esta quarta-feira para o alargamneto da trégua: “Neste momento, o objetivo dos EUA é garantir a continuação do cessar-fogo, e que Gaza posainiciar o processo de reconstrução”, declarou Barack Obama em Washington.

Egito diz estar “otimista”
Entretanto, as negociações para um cessar-fogo durável prosseguem no Egito através de mediadores de Israel e da Palestina, sendo que as duas partes do conflito não estiveram reunidas frente-frente.

“As negociações indiretas entre palestinianos e israelitas estão a evoluir, estamos otimistas, mas ainda é cedo para falar sobre resultados”, afirmou fonte do governo egípcio.

O ministro egício dos Negócios Estrangeiros, Sameh Shukri, declarou, por seu turno, que o seu país está a trabalhar para um acordo, procurando “soluções para proteger o povo palestiniano e seus interesses”.

ONU reitera apelo ao fim da violência

Antes o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, culpou o Hamas por todas as mortes de civis, acusando o grupo de utilizar pessoas inocentes como “escudo”.

Nesta quarta-feira o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon voltou a apelar o fim da violência em Gaza. “É altura de pôr um ponto final a um pesadelo que dura há demasiado tempo em Gaza. (…)
A ONU está disposta ajudar a reconstruir Gaza, mas pela última vez”, afirmou.

Pelo menos 1867 palestinianos morreram em Gaza desde o início do conflito, sendo a maioria das vítimas civis, entre centenas de crianças.

No passado dia 8 de julho, Israel anunciou uma operação militar em Gaza, como resposta aos ataques perpetrados pelo Hamas, tendo lançado uma ofensiva terrestre no dia 17 de julho, com o objetivo de destruírem os “túneis do terror”, que ligam o território do país a Gaza.

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