Nasceu o primeiro “Super Pac” (grupo de recolha de fundos) de apoio a Hillary Clinton às presidenciais de 2016. Em entrevista ao Expresso, ex-membros da equipa da candidatura de 2008 revelam que está tudo a postos. “É só carregar no botão on”.
s últimas horas de Hillary Clinton à frente da Secretaria de Estado americana têm sido passadas em entrevistas descontraídas e compromissos políticos formais, dos quais se destaca a comissão de inquérito ao ataque terrorista em Benghazi, Líbia.
Nas conversas com imprensa, Hillary é bombardeada com a pergunta sacramental: “É candidata à nomeação democrata em 2016?”
Nos últimos anos, Hillary Clinton disse sempre “não”. Há cerca de um mês, numa entrevista à CBS, afinou o diapasão e explicou: “Por agora, não equaciono essa hipótese”.
Ontem, num outro exclusivo à CNN, mostrou mais abertura, afirmando que a partir da próxima semana, quando for substituída por John Kerry no cargo de chefe da diplomacia norte-americana, continuará ocupada. “Com o quê? Vamos ver”, afirmou.
“É só carregar no botão on”
Num trabalho publicado pelo Expresso, na passada edição de sábado, membros da equipa de 2008 comentaram a hipótese de uma nova corrida à Casa Branca.
Andrew Smith, que liderou o staff em New Hampshire, adiantou que a estrutura montada há mais de quatro anos “permanece intacta” em vários estados. “Aqui em New Hampshire, por exemplo, é só carregar no botão on”.
Recolha de fundos em marcha
Na passada sexta-feira foi criado o primeiro “Super Pac” (organismo responsável por planear ações de campanha e de recolha de fundos) de apoio à campanha presidencial da antiga primeira-dama.
“Ready for Hillary” é liderado pela professora da Universidade de Georgetown Allida Black, que entregou em mãos, na sede da Comissão Eleitoral Federal, todos os documentos necessários.
“O nosso objetivo é simples: estamos preparados para apoiar Hillary Clinton quando ela decidir avançar com a sua candidatura”.
“Ready for Hillary” apresenta, nas próximas semanas, um site na Internet.
No passado fim de semana, Hillary Clinton e Barack Obama foram entrevistados pelo programa “60 Minutes”. Ambos recusaram a ideia de que aquela iniciativa era uma espécie de apoio adiantado do Presidente americano à sua antiga rival.