Os quatros doentes que estão em risco de cegar na sequência de uma intervenção oftalmológica numa clínica privada do Algarve estão com “prognóstico muito reservado”, disse à Lusa fonte hospitalar.
A Inspecção Geral das Actividades em Saúde (IGAS) está a investigar desde 28 de julho a clínica privada onde estas quatro pessoas foram sujeitas a uma intervenção oftalmológica, confirmou hoje à Lusa uma fonte do Ministério da Saúde.
“Os quatro doentes mantêm-se internados no Serviço de Oftalmologia do Hospital dos Capuchos com prognóstico muito reservado”, disse uma fonte do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC).
Segundo a SIC, os quatro doentes foram operados a 20 de julho na clínica I-QMed de Lagoa, no Algarve. Um dos doentes, uma mulher de 35 anos, foi operada para colocar lentes intra-oculares, e os outros três fizeram operações para tratar cataratas.
Dois dias, depois a mulher de 35 anos deu entrada na urgência do Hospital de São José com uma infecção grave. Os outros doentes chegaram a São José no dia 26 de jullho com os mesmos sintomas, refere a SIC.
”É um processo que está a decorrer desde dia 28 de julho”, adiantou hoje à Lusa a fonte do Ministério da Saúde, adiantando que a clínica já estava encerrada para obras.
A mesma fonte avançou que foram tomadas todas as providências em relação a essa situação” e que a investigação abrange o licenciamento, o funcionamento e o corpo clínico que esteve envolvido nas cirurgias.
“A equipa de inspeção está no terreno e já esteve em São José a ouvir os doentes”, acrescentou.
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