Hotéis: AHETA também espera um verão melhor do que em 2020

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A prevista inclusão de Portugal na “lista verde” de corredores aéreos do Reino Unido provocou um imediato aumento exponencial das reservas de cidadãos daquela origem nos hotéis algarvios, disse ao JA o presidente da AHETA, vaticinando que, graças a esta abertura britânica, o ano turístico algarvio deverá ser melhor do que em 2020.

“A partir do momento em que o governo inglês declarou que Portugal passava a integrar o mapa verde dos destinos em que não seria obrigatório fazer quarentena no regresso ao Reino Unido, assistimos de imediato a um aumento exponencial das reservas”, declarou Elidérico Viegas.

O líder da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) observa que, caso as condições de segurança do destino Algarve se mantenham ou pouco venham a diferir das atuais nos próximos meses, tudo aponta para um verão com melhor ocupação hoteleira do que em 2020, ano turístico em que o corredor aéreo esteve aberto apenas 10 dias.

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“Mesmo assim, nesses 10 dias em que tivemos o corredor aéreo aberto o aumento da procura disparou”, recorda o líder hoteleiro.

Ainda assim, os hoteleiros dizem ter consciência de que o Algarve não vai ter um ano idêntico ao de 2019, embora se estejam a preparar para regressar a esses níveis, considerados “normais”, no verão de 2022. Daqui a pouco mais de um ano.

Uma outra vantagem comparativa, que fez crescer já o número de reservas hoteleiras, assenta no facto de a maior parte dos principais concorrentes não serem considerados destinos seguros. É o caso de Espanha, Grécia e Turquia. “Isso está a contribuir também para o aumento das reservas na região e se tudo correr bem como esperamos – com níveis de infeção baixos e vacinação a bom ritmo – é expectável que tenhamos um verão melhor do que o ano passado, porque nessa altura contámos apenas com o mercado interno e este ano vamos ter um aumento da procura por parte do nosso maior fornecedor, o Reino Unido”, aduziu Elidérico Viegas.

Com um número de portugueses (um terço da procura) que se prevê idêntico ou superior ao ano passado e a principal origem em crescendo (os britânicos também representam um terço da procura), os hoteleiros estão pois otimistas e prevêem que este ano será melhor do que o ano passado.

“Em setembro, no início da época alta do ano turístico do golfe, esperamos poder ter uma época alta do golfe. E depois uma boa época baixa, de forma a que em 2022 possamos operar quase normalmente e regressar a valores próximos de 2019”, prevê o presidente da AHETA.

Elidérico Viegas sublinha, por outro lado, que o facto de os britânicos serem um dos povos mais vacinados do mundo torna-se um fator acrescido de segurança para os residentes habituais do Algarve e os turistas. Segundo dados desta semana, cerca de 18 milhões de cidadãos do Reino Unido estavam vacinados no início desta semana, perfazendo cerca de 27% do total da população daquele país. “Há uma reciprocidade. Entre a segurança que o Algarve e o País oferecem e a segurança de os britânicos serem um dos países com maior vacinação do mundo, isso faz crescer os fluxos entre os dois países”, sublinha Elidérico Viegas.

Na passada sexta-feira, quando o Reino Unido fez o anuncia da abertura do “corredor verde”, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva considerou que se tratava, “naturalmente, [de] boas notícias”.

“É uma boa notícia e um reconhecimento internacional que significa de um esforço que devemos ao conjunto dos cidadãos portugueses”, sublinhou o chefe da diplomacia portuguesa.

Portugal é um dos destinos para o qual os ingleses podem viajar a partir de 17 de maio sem terem de cumprir quarentena quando regressarem a casa, integrando a chamada lista verde, elaborada pelo governo de Boris Johnson.

Neste momento, é proibido viajar do Reino Unido para o estrangeiro sem uma justificação válida, estando assim, de certa forma, proibidas as viagens de lazer. Contudo, os ingleses preparam-se para a 17 de maio avançar para a terceira fase do desconfinamento, aliviando assim mais restrições implementadas no âmbito da estratégia de combate à pandemia.

João Prudêncio

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