Hoteleiros algarvios esperam que mercado nacional “esbata” prejuízos desde março

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Os hoteleiros do Algarve acreditam que o mercado nacional possa esbater os prejuízos dos últimos três meses, período no qual as receitas turísticas ficaram reduzidas a zero devido à pandemia de COVID-19, segundo a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA). 

Em declarações à agência Lusa, o presidente da AHETA, Elidérico Viegas, indicou que a confiança no mercado interno “resulta de um comportamento muito favorável”, que já se traduz no número de reservas. 

“As reservas de turistas nacionais estão a subir todos os dias nos hotéis e nos empreendimentos algarvios que reabriram, o que nos dá alguma confiança para acreditarmos em alguma retoma este ano”, salientou. 

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O responsável realçou que a reabertura das unidades de alojamento do Algarve está a decorrer “a bom ritmo, mas por fases”, prevendo-se que em meados do mês estejam a funcionar cerca de 60% e as restantes na primeira semana de julho. 

“Nas unidades que reabriram verifica-se um crescimento, no contexto atual, daí estarmos confiantes, porque o turismo interno é, desde sempre, o mais numeroso, quer em número de pessoas, quer de dormidas, no mês de agosto”, sublinhou. 

De acordo com Elidérico Viegas, a região “irá beneficiar pelo facto de muitos portugueses decidirem não fazer férias no estrangeiro e, certamente, terão como destino natural o Algarve”. 

“Por isso, estamos confiantes que relativamente ao turismo interno haverá um comportamento muito favorável”, destacou. 

O presidente da AHETA disse ainda que, embora, o turismo interno seja estratégico e prioritário, o setor conta também ter já este verão algum turismo dos mercados externos “à medida que forem sendo retomados os voos na Europa”. 

“Temos muitas solicitações dos mercados externos que estão à espera do reinício dos voos, daí a nossa confiança, alicerçada no facto de o Algarve ser considerada uma zona segura e pouco afetada por infeções pela COVID-19, quando comparada com outras regiões turísticas concorrentes, como a Espanha, país afetado fortemente pela pandemia”, frisou. 

Apesar das expectativas para a retomada do turismo, os hoteleiros algarvios dizem que existe uma consciência coletiva de que 2020 “não será igual ao ano passado, mas o pouco turismo servirá para esbater os elevados prejuízos dos últimos três meses”. 

“Existe uma grande confiança, mas estamos também dependentes de alguns fatores que não controlamos, designadamente fatores de incerteza que é o transporte aéreo e as restrições nos países de origem”, alertou. 

Elidérico Viegas acrescentou que as “fundadas expectativas existentes para o Algarve não existem para o resto do país, sendo a região algarvia, turisticamente falando, a primeira a retomar e reiniciar a recuperação, embora sempre com a consciência de que o ano será muito diferente dos anos anteriores”. 

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