Hoteleiros criticam suspensão de dados sobre tráfego aéreo

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A Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) considera “incompreensível, descabida, despropositada e, em última análise, perfeitamente ridícula” a decisão da ANA (empresa que gere os aeroportos nacionais) em suspender a divulgação dos indicadores do tráfego aéreo.

“A divulgação mensal do tráfego aéreo registado nos aeroportos portugueses tem constituído, desde sempre, uma importante ferramenta de gestão para todos aqueles que se relacionam direta ou indiretamente com a atividade turística no nosso país”, salientam os hoteleiros algarvios em comunicado.

A AHETA frisa que foi apanhada de “surpresa” com esta decisão, sobretudo porque “ocorre numa altura em que um operador privado (VINCI) se prepara para assumir a gestão em regime de monopólio destas importantes infraestruturas aeroportuárias”.

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“Atitudes desta natureza deixam antever uma relação conflituosa no futuro, principalmente porque as mesmas atentam contra o interesse geral. Está em causa a divulgação de indicadores decisivos e determinantes para avaliar a evolução do setor turístico nas várias vertentes, mas também e, muito principalmente, para a definição de estratégias promocionais e outras”, critica a associação.

AHETA apela à intervenção do Governo

Face a esta situação, os hoteleiros algarvios apelam aos responsáveis da ANA para “reporem rapidamente uma prática seguida durante décadas”, que é a divulgação mensal dos dados estatísticos respeitantes aos movimentos e tráfego de passageiros nos aeroportos portugueses.

A AHETA apela ainda ao Governo que intervenha junto dos responsáveis da ANA, “em nome do interesse nacional”, no sentido de resolver este problema.

“A divulgação regular e atempada do movimento e tráfego de passageiros é uma prática comum em todos os aeroportos mundiais, (mesmo quando os números não são agradáveis), pelo que menos se percebe esta decisão unilateral da ANA”, acentua a associação.

Por outro lado, a AHETA recorda que “o setor privado financia e apoia desde há alguns anos novas rotas aéreas e companhias de aviação, cuja beneficiária principal é precisamente a ANA, atendendo ao aumento de receitas daí derivado, o que menos justifica a decisão agora tomada, ainda por cima sem qualquer aviso prévio”.

JA

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